Acidente em Minas é a maior tragédia em rodovias federais desde 2007
Segundo a Polícia Militar de MG, 38 pessoas morreram, sendo que 25 corpos estavam completamente carbonizados
Um acidente envolvendo um ônibus, uma carreta e um carro deixou 38 mortos na madrugada de sábado, 21 de dezembro, na BR-116, em Teófilo Otoni (MG). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), trata-se da maior tragédia registrada em rodovias federais desde o início da série histórica, em 2007.
O ônibus da empresa Emtram partiu do Terminal Tietê, em São Paulo, com destino a Jequié (BA), transportando 45 passageiros. A colisão ocorreu por volta das 3h30, no distrito de Lajinha, e resultou em um incêndio que destruiu o veículo.
Investigações preliminares apontam duas hipóteses para o acidente:
- Um pneu do ônibus teria estourado, levando o veículo a invadir a contramão e colidir com a carreta.
- Um bloco de granito, transportado pela carreta, teria se desprendido e atingido o ônibus.
O impacto provocou um incêndio de grandes proporções, que carbonizou 25 corpos. O motorista do ônibus morreu no local, e o condutor da carreta fugiu. Um carro que seguia atrás também colidiu, mas seus três ocupantes sobreviveram com ferimentos graves.
Sobreviventes
Treze sobreviventes foram levados a unidades de saúde em Teófilo Otoni: sete para a UPA, três para o Hospital Santa Rosália e dois para o Hospital Raimundo Gobira.
Entre as vítimas fatais estão crianças, segundo o Corpo de Bombeiros.
A rodovia ficou interditada por cerca de seis horas, com o tráfego sendo liberado em esquema de “pare e siga” no final da manhã de sábado.
Histórico da BR-116
A BR-116 lidera o ranking de rodovias mais letais do Brasil.
Em 2023, foram registradas 559 mortes, sendo 155 em Minas Gerais. Além disso, radares no trecho onde ocorreu o acidente estavam desativados há meses devido ao encerramento de contratos.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) prevê a reativação dos equipamentos apenas em 2025.
Repercussão e Suporte
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, determinou a mobilização de aeronaves para transporte de equipes e suporte aos familiares das vítimas. Já o governo de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas, enviou peritos para auxiliar na identificação dos corpos.
A empresa Emtram lamentou o acidente, declarou estar colaborando com as investigações e oferecendo suporte psicológico às famílias.
O presidente Lula expressou pesar pela tragédia e afirmou que o governo federal está à disposição das autoridades mineiras e das vítimas.
As circunstâncias do acidente continuam sob investigação da PRF e do Corpo de Bombeiros.
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