A maior intervenção do BC no dólar desde 1999
Autoridade monetária injetou US$ 8 bilhões para forçar queda da moeda após chegar a R$ 6,30 nesta semana
O Banco Central (BC) injetou nesta quinta-feira, 19, US$ 8 bilhões para conter a subida do dólar, que fechou a quarta-feira, 18, a R$ 6,26, o maior recorde da história.
A intervenção do BC na moeda americana foi a maior já feita desde 1999, quando o Brasil adotou o câmbio flutuante.
Na parte da manhã, a autarquia vendeu US$ 3 bilhões, porém, não foi suficiente para ver uma descida significativa da moeda. Tempo depois, o BC leiloou US$ 5 bilhões à vista, o maior já feito no período de vinte e cinco anos.
Com as intervenções, o dólar fechou o dia a R$ 6,12.
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Galípolo e Campos Neto
A coletiva do futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, ao lado do atual chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, também contribuiu para a queda do dólar.
Campos Neto disse ao mercado financeiro de que o BC tem “muita reserva [internacional] e que irá atuar se for necessário.”
E seguiu:
“Mas há a percepção que, se o BC não atuar, pode haver uma disfuncionalidade de preços (na cotação do dólar). Para isso que existem as reservas”, disse Campos Neto.
Galípolo elogiou a atuação do colega e refutou a narrativa de integrantes do governo Lula (PT) de que o dólar subiu em função de “fake news especulativa”:
“Então, eu acho que a ideia de ataque especulativo enquanto algo coordenado não representa bem, eu acho, como a gente pode estar explicando como o movimento está acontecendo no mercado hoje. E faço questão de sublinhar que é isso que eu repito, inclusive em todas as reuniões quando a gente é chamado, porque essa minha interpretação é bem compreendida e aceita nas minhas interlocuções, seja com o ministro Fernando Haddad, seja com a ministra Simone Tebet, seja com o convite vice-presidente Geraldo Alckmin e seja com o presidente da República”, afirmou Galípolo.
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