Gilmar, o libertador da Justiça
A propensão de Gilmar Mendes a colocar em liberdade presos graúdos envolvidos em escândalos de corrupção virou uma espécie de marca do ministro do Supremo. Memes indagando quem seria o libertado do dia...
A propensão de Gilmar Mendes a colocar em liberdade presos graúdos envolvidos em escândalos de corrupção virou uma espécie de marca do ministro do Supremo.
Memes indagando quem seria o libertado do dia por Gilmar se espalharam na internet.
Em tom de provocação, o promotor goiano Fernando Krebs chamou o ministro de “maior laxante do Brasil” — e, por isso, ele está sendo processado pelo ministro.
Eis uma seleta dos famosos libertados da prisão pela pena de Gilmar em 2017:
. José Dirceu, condenado a 30 anos de prisão por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no petrolão (Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski também votaram para libertar o petista);
. Paulo Preto, ex-diretor da Dersa acusado de ser operador do PSDB e de participar de desvios nos governos dos tucanos;
. o tucano Beto Richa (e outros 14 presos da Operação Radiopatrulha);
. o lobista do MDB Milton Lyra, preso na Operação Rizoma – que investiga esquema de corrupção e lavagem de dinheiro nos fundos de pensão Serpros e Postalis;
. Orlando Diniz, presidente afastado da Fecomércio do Rio e suspeito de desviar R$ 180 milhões do Sesc/Senac para grandes escritórios de advocacia;
. Jacob Barata Filho, o “rei dos ônibus” no Rio — Gilmar mandou soltar Barata três vezes.
As rixas de Gilmar com outros juízes também ficaram mais evidentes em 2018.
É o caso de Marcelo Bretas, juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro: somente na última quinzena de maio, o ministro do STF mandou soltar 15 pessoas presas por Bretas.
No STF, as divergências chegaram ao bate-boca.
Na mais quente delas, o ministro provocou Luís Roberto Barroso e teve que ouvir que era “uma pessoa horrível, mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia”.
Na réplica, sugeriu a Barroso que fechasse seu escritório de advocacia, uma acusação grave.
Duas revelações colocaram Gilmar na capa da revista Crusoé.
A primeira foi a descoberta da lista de empresas que repassaram mais de R$ 7 milhões ao Instituto de Direito Público, do ministro do Supremo, na forma de patrocínios ocultos: todas as benfeitoras têm causas tramitante no STF.
A segunda reportagem revelou que Joesley Batista usava o mesmo instituto de Gilmar como seu quartel-general em Brasília.
O caso fez Gilmar se afastar de Dalide Côrrea, mulher-bomba e faz-tudo do ministro.
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