Senado sabatina indicado de Lula à presidência da ANTT nesta terça-feira
O ex-chefe de gabinete da CNT, Guilherme Sampaio, é apadrinhado pelo ministro dos Transportes, Renan Filho e o PSD de Pacheco e Alcolumbre
A indicação de Guilherme Sampaio, ex-chefe de gabinete da Confederação Nacional do Transporte (CNT), para a Diretoria-Geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) tem agitado a bancada ligada ao setor rodoviário no Congresso Nacional.A sabatina no Senado está agendada para esta terça-feira (17). Sampaio deve ocupar a vaga de Rafael Vitale, que deixará o cargo em fevereiro.
O ex-chefe de gabinete da CNT foi apadrinhado, em indicação ao presidente Lula, pelo ministro dos Transportes, Renan Filho. Em postagem no X (antigo Twitter), o ministro destacou que Sampaio é “experiente e comprometido” e afirmou que, caso seu nome seja aprovado pelo Senado, “dará grande contribuição ao país”.
Também pesa sobre o nome do indicado o apoio do PSD, dos senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente da Casa Alta, e Davi Alcolumbre (União-AP), cotado para a sucessão do mineiro.
Parlamentares ouvidos por O Antagonista destacaram que o apoio de Pacheco foi determinante para “desempatar” o critério de Renan, que cogitou indicar para a vaga seu secretário de Trânsito, Adrualdo Catão.
Interesses
A escolha de Sampaio tem gerado controvérsias devido à ligação com a CNT, entidade que representa as empresas tradicionais de transporte.
Esse vínculo levanta receios sobre um possível fechamento do mercado para novas plataformas, como as que permitem a venda online de passagens de ônibus.
Recentemente, a FlixBus, uma dessas plataformas, foi alvo de fiscalização da ANTT, com ações em 26 terminais de 13 estados. Uma das questões que deve ser levantada pelos senadores durante a sabatina, nesta terça-feira, é se, sob a gestão de Sampaio, o mesmo critério e rigor será aplicado sobre empresas tradicionais.
Pacotão de indicações
A gestão Lulista deve definir, nesta semana, um “pacotão” de indicações para as diretorias das agências reguladoras.
Com 18 postos vagos ou com mandatos expirando até fevereiro de 2025, essas agências supervisionam setores que envolvem investimentos de centenas de bilhões de reais nos próximos anos.
Todos os nomes precisam ser sabatinados e aprovados no Senado.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)