“Tem ministro que não sabe onde os municípios ficam”, alfineta relator da LOA
Angelo Coronel (PSD-BA) defendeu as emendas parlamentares após polêmica com o STF e falou sobre conclusão de parecer da LOA
O senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator da Lei Orçamentária Anual (LOA), 2025, alfinetou o Executivo em declaração sobre a função das emendas parlamentares. “Andam, muito, falando mal das emendas, mas as emendas parlamentares é que levam as ações para os extremos do país”, afirmou o senador.
E completou: “Imagine se um ministro fosse levar uma obra estrutural para a cidade do Oiapoque ou do Chuí. Tem ministro que não sabe nem em que estado esses municípios ficam”, prosseguiu.
Saúde
O senador afirmou ainda que “quem banca a saúde pública no Brasil são as emendas parlamentares, pois 60% do que é gasto na saúde vem dessas emendas, tanto do Senado quanto da Câmara. […] Tem críticas, tem. Mas muitos que criticam não sabem o que significa e não sabe onde essas ações são realizadas”, enfatizou.
Torta de climão
Após o desgaste gerado pelo atraso no pagamento das verbas e as especulações sobre uma possível aliança entre o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal para bloquear os recursos, Coronel se posicionou sobre a chance de seu relatório amenizar o clima tenso entre o Legislativo e os outros Poderes.
“Espero que, neste período natalino e de final de ano, todo mundo se abrace e vibre e que, realmente, o Orçamento venha a atender a expectativa do povo brasileiro”.
Coronel foi o autor de um projeto de lei complementar que estabelecia regras para a execução de emendas parlamentares, mas teve seu texto rejeitado por membros do Supremo, que optaram por analisar a proposta de Rubens Pereira Junior (PT-MA), deputado considerado aliado do ministro Flávio Dino.
Sem previsão para LOA
O parlamentar afirmou que não há uma “previsão fechada” para a votação da LOA, mas espera que ela ocorra até o fim da semana. Ele também destacou que continua ouvindo as bancadas do Congresso Nacional e membros do governo.
“Ainda não estamos com uma previsão fechada, porque ainda estamos lavrando, ouvindo ainda vários parlamentares, vários partidos, ouvindo membros do governo, para que a gente faça uma peça que não tenha nenhuma restrição, nenhuma oposição, para que a gente possa votá-la, espero, até o final desta semana”, concluiu. A afirmação foi compartilhada em um vídeo enviado à imprensa pela sua assessoria.
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