“O cadáver de Hitler”: novas revelações sobre a morte do líder nazista
Adolf Hitler, figura central de um dos períodos mais sombrios da história, teve sua morte cercada de mistérios e teorias
O Dr. Éric Laurier, chefe da unidade médico-judiciária do hospital de Valenciennes, França, está reavaliando as autopsias realizadas em 1945 nos corpos supostamente de Adolf Hitler, Eva Braun e da família Goebbels.
Seu trabalho revela uma série de inconsistências que colocam em dúvida a narrativa tradicional sobre a morte do cruel líder nazista.
A morte de Hitler
Adolf Hitler, figura central de um dos períodos mais sombrios da história, teve sua morte cercada de mistérios e teorias. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, surgiram inúmeras especulações sobre as circunstâncias que cercaram seu falecimento.
A União Soviética, por muito tempo, negou ter encontrado o corpo do ditador nas ruínas de Berlim, embora posteriormente tenha afirmado o contrário sem apresentar evidências contundentes.
Além disso, os detalhes das autopsias realizadas sobre os restos mortais de Hitler e seus aliados mais próximos permaneceram em sigilo por décadas.
Ao revisitar esses documentos, o Dr. Laurier realiza uma investigação médico-legal minuciosa que expõe como mentiras e rivalidades políticas comprometeram a verdade acerca da morte do Führer.
Laudos secretos
Após a queda de Berlim em maio de 1945, as forças aliadas iniciaram uma busca intensa pelo corpo de Hitler. A primeira equipe a chegar ao bunker onde ele se escondia foi o Exército Vermelho, que recuperou 13 corpos das ruínas do bunker e do jardim adjacente.
Os serviços de inteligência soviéticos realizaram autopsias nos cadáveres e os identificaram como sendo de Hitler, Eva Braun, Joseph Goebbels, sua esposa Magda e seus seis filhos, além do general Hans Krebs e dois cães.
No entanto, os laudos médicos feitos pelos legistas soviéticos permaneceram secretos até serem divulgados por um historiador russo em 1968.
“O Cadáver de Hitler”
O interesse do Dr. Éric Laurier pelo caso remonta a mais de três décadas. Ele começou sua análise crítica com um estudo sobre um relatório de autópsia do corpo atribuído a Hitler, publicado em 1993.
Anos depois, uma exposição em Moscou sobre “A Agonia do Terceiro Reich” e a leitura de um livro sobre o tema reacenderam sua curiosidade.
Durante a pandemia de Covid-19, Laurier aproveitou para se dedicar intensamente à pesquisa e à escrita, resultando na obra “O Cadáver de Hitler”, publicada pela editora ExAequo.
Novas pesquisas
Apenas fragmentos da mandíbula e um pedaço do crânio do ditador permanecem como vestígios físicos. O restante do corpo foi incinerado pela KGB em 1970 para evitar que se tornasse um local de culto para simpatizantes do nazismo.
Os fragmentos restantes são mantidos sob rígido controle pelas autoridades russas, que garantem sua autenticidade sem convencer completamente os céticos.
O Dr. Laurier levanta questionamentos sobre a validade das autopsias feitas pelo Exército Vermelho: teriam sido investigações rigorosas ou meros atos propagandísticos?
Falhas significativas
Laurier revisou detalhadamente os relatórios das autopsias realizadas entre 7 e 9 de maio de 1945. Ele questiona a objetividade dessas conclusões, apontando falhas significativas na maneira como os corpos foram tratados pelos legistas soviéticos.
Um exemplo é o descarte inicial de outro cadáver apresentado como sendo de Hitler simplesmente porque ele estava usando uma meia remendada — um detalhe considerado indesejável para um líder nazista.
A análise das causas da morte dos identificados como Hitler e Eva Braun também revela incongruências.
Embora análises toxicológicas tenham indicado a presença de cianeto em outros corpos examinados, não foram realizadas nos cadáveres do casal; mesmo assim, os legistas soviéticos apressadamente concluíram que ambos haviam morrido por envenenamento.
Além disso, testemunhos coletados sugerem que Hitler se suicidou com um tiro na cabeça, mas isso foi desconsiderado nas autopsias.
No caso específico de Eva Braun, os relatórios mencionam ferimentos compatíveis com projéteis russos que poderiam ter sido a causa direta da sua morte; no entanto, tal revelação poderia transformá-la em uma combatente — uma ideia inaceitável para as autoridades soviéticas.
A identificação formal dos restos mortais atribuídos a Hitler ainda é envolta em mistério. Estranhamente, nenhum registro fotográfico ou radiográfico foi feito durante as autopsias — práticas padrão em investigações dessa natureza.
Esse fato levanta dúvidas sobre a verdadeira identidade dos corpos analisados. Elementos adicionais nos relatórios indicam discrepâncias quanto à anatomia genital do ditador. Essas inconsistências teriam sido manipuladas para reforçar determinada narrativa
As revelações feitas pelo Dr. Laurier questionam a versão oficial da morte de Adolf Hitler e oferecem uma visão intrigante sobre as operações soviéticas pós-guerra e suas implicações na construção da história contemporânea.
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