Ucrânia usa drones contra soldados norte-coreanos em Kursk
Cerca de 200 soldados russos e norte-coreanos foram mortos ou feridos na região russa, segundo a inteligência militar ucraniana
Cerca de 200 soldados das forças conjuntas da Rússia e Coreia do Norte foram mortos ou feridos na região russa de Kursk, segundo informou neste domingo, 15, a inteligência militar ucraniana.
O grupo, que inclui soldados norte-coreanos, foi alvo de drones ucranianos durante os combates.
Segundo Yuri Butusov, correspondente militar ucraniano citado pela agência EFE, um batalhão norte-coreano, com apoio russo, lançou um ataque contra posições ucranianas próximas a Malaya Loknia. Apesar das baixas e do fogo de artilharia, os soldados usaram táticas que lembram as “ondas humanas” da Guerra da Coreia.
Os militares norte-coreanos chegaram a ocupar algumas posições ucranianas devido à rápida movimentação e à ausência de retirada dos feridos. Forças ucranianas, porém, contra-atacaram e retomaram parte das posições.
“Imagens em posse do comando ucraniano mostram dezenas de cadáveres norte-coreanos, mas não há informações sobre capturas”, escreveu Butusov.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já havia alertado sobre o uso de tropas norte-coreanas pelos russos. Segundo ele, cerca de 11 mil soldados da Coreia do Norte estão integrados aos 50 mil militares reunidos por Moscou na região de Kursk.
Zelensky também se manifestou no X sobre os soldados norte-coreanos e afirmou que o ditador Vladimir Putin arrastou mais um país para a guerra:
“As perdas entre esses soldados norte-coreanos já são notáveis. Na verdade, Moscou arrastou mais um estado para essa guerra — e fez isso de forma total. E se isso não é uma escalada, o que é então a escalada de que tanto se falou? É Putin quem dá passos para expandir e prolongar essa guerra, afastando a possibilidade de paz.”
Cooperação militar Rússia-Coreia do Norte
No final de novembro, o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, anunciou em Pyongyang o fortalecimento da cooperação entre os dois países “em todas as áreas, incluindo o âmbito militar”. Durante a visita, foi recebido com honras pelo ministro norte-coreano No Kwang Chol.
Imagens divulgadas mostram Belousov em um tapete vermelho enquanto militares norte-coreanos aplaudiam.
Um cartaz destacava a “solidariedade total” entre os exércitos. Segundo relatos, Pyongyang enviou mais de 10 mil soldados à Rússia, com parte envolvida nos combates na Ucrânia.
A parceria despertou críticas de países vizinhos. O então presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, reuniu-se com autoridades ucranianas, destacando que a aliança Moscou-Pyongyang representa uma ameaça à segurança regional e global.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Marcia Elizabeth Brunetti
15.12.2024 16:03Coitado dos soldados norte-coreanos. Não sei nem se tem cérebros bem formados, considerando que já nascem passando fome.