As luas de Marte, Fobos e Deimos, foram identificadas em 1877 pelo astrônomo americano Asaph Hall. A aparência dessas luas destoa das formas esféricas comuns, com Fobos possuindo apenas 27 km de diâmetro e Deimos 14 km. Pesquisas recentes indicam que ambas podem ter se originado de asteroides primitivos capturados pelo planeta vermelho.

Um estudo publicado na revista Icarus analisa as principais teorias sobre a origem das luas: a captura de asteroides e um impacto significativo. Uma nova teoria sugere que um asteroide próximo a Marte teria sido desintegrado pela gravidade do planeta, com os fragmentos formados se reorganizando nas atuais Fobos e Deimos.

Simulações da Formação das Luas de Marte

Para investigar este novo modelo, pesquisadores liderados por Jacob Kegerreis, do Centro de Pesquisa Ames da NASA, usaram simulações computacionais avançadas. Mudando continuamente variáveis como o tamanho do asteroide e sua distância de Marte, a equipe testou esses encontros celestiais.

O software SWIFT, desenvolvido na Universidade de Durham, foi empregado para simular a quebra inicial do asteroide e o comportamento dos fragmentos que seguiram. Este programa de alto desempenho foi crucial para compreender a formação das luas.

A Relevância das Órbitas de Fobos e Deimos

As órbitas alinhadas de Fobos e Deimos com o plano equatorial de Marte sugerem que não são asteroides capturados aleatoriamente. A hipótese de fragmentação de um asteroide explica melhor a formação e posicionamento das luas, semelhante ao processo que criou a Lua da Terra após uma colisão planetária.

Futuros Desdobramentos na Pesquisa das Luas Marcianas

Pesquisas adicionais buscarão desenvolver uma prova de conceito mais sólida das origens das luas de Marte. O professor Vincent Eke, coautor do trabalho, destacou a previsão do comportamento dos discos protoplanetários. Em 2026, a missão MMX do Japão planeja trazer amostras de Fobos para a Terra, oferecendo novas revelações.

Essa missão pode desvendar não só as origens das luas marcianas, mas também sobre as condições iniciais do sistema solar. Com dados diretos das luas de Marte, o estudo contínuo pode transformar nosso entendimento sobre a formação de satélites planetários.