Uma “visita de cortesia” de Valdemar a Zanin
Presidente do PL visita o ministro do STF na tarde desta quinta-feira, 12, segundo a agenda de Zanin, que preside a turma do tribunal que pode julgar caso de tentativa de golpe
Presidente do PL, Valdemar Costa Neto (ao centro na foto) faz nesta quinta-feira, 12, uma “visita de cortesia” ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, segundo a agenda do próprio ministro.
Zanin é o presidente da Primeira Turma do STF, na qual deve ser analisada uma possível denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra os 40 indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado — Valdemar está na lista.
Na quarta-feira, 11, a PF indiciou mais três militares pelos planos identificados para tentar manter Jair Bolsonaro no poder. A PGR analisa o documento de 884 páginas produzido pela PF para decidir se apresentará ou não denúncia contra cada um dos 40 indiciados.
Outro depoimento
Na sequência do encontro com Zanin, Valdemar prestará mais um depoimento à PF, desta vez para falar sobre o juiz federal Sandro Nunes Vieira, que teria auxiliado o PL a elaborar o relatório que questionou as urnas eletrônicas em 2022.
O partido de Valdemar e de Jair Bolsonaro foi multado em 22 milhões de reais por colocar as urnas em questão em ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O próprio presidente do PL admitiu, em depoimento à PF, que não duvidava das urnas, “pois já participou de várias eleições e nunca presenciou nada que desabonasse o sistema eleitoral brasileiro”.
Urnas
“Indagado se o então presidente Jair Bolsonaro insistiu com o declarante para ajuizar ação no TSE questionando o resultado das urnas eletrônicas, [Valdemar] respondeu que, quando houve o vazamento do relatório do IVL, os deputados do Partido Liberal e então presidente Bolsonaro o pressionaram para ajuizar tal ação no TSE”, registrou o termo de depoimento da PF.
Os investigadores também colhem nesta terça o depoimento do coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro. Segundo a PF, o PL teria servido como peça-chave para financiar a disseminação de narrativas sobre fraudes nas urnas eletrônicas, com o objetivo de dar respaldo às manifestações de eleitores em frente a quartéis após a vitória de Lula em 2022.
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