O impacto dos fenômenos climáticos El Niño e La Niña
A compreensão dos fenômenos climáticos El Niño e La Niña é crucial para entender a variabilidade climática global e seus impactos
Os fenômenos climáticos El Niño e La Niña são fundamentais para compreender as variabilidades climáticas globais. Ambos influenciam significativamente o clima em diversas regiões do planeta, particularmente no Brasil. Recentemente, previsões indicadas pelo Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos sugeriam a possível ocorrência de La Niña em 2024, mas a probabilidade agora é menor, com uma tendência de neutralidade climática predominando.
No contexto brasileiro, El Niño e La Niña afetam de maneira distinta as regiões do país. Enquanto o primeiro está associado a chuvas intensas no sul e secas no norte, o segundo provoca o oposto. Esse comportamento se deve principalmente às alterações nas temperaturas das águas do Oceano Pacífico equatorial, que servem como um indicador crucial para o comportamento desses fenômenos.
O que define El Niño e La Niña?
A temperatura média das águas do Oceano Pacífico equatorial é utilizada como referência para definir a ocorrência dos fenômenos El Niño e La Niña. Quando essa temperatura está 0,5°C ou mais acima da média climática, ocorre o El Niño. Em contrapartida, quando a temperatura desce 0,5°C ou mais abaixo da média, ocorre o La Niña. Se a variação persistir por três meses consecutivos, considera-se que o respectivo fenômeno está efetivamente em andamento.
Quais são os métodos de previsão de El Niño e La Niña?
Os prognósticos sobre El Niño e La Niña baseiam-se na evolução das temperaturas do Oceano Pacífico equatorial. O monitoramento é realizado através de boias que transmitem os dados por satélite, os quais são analisados por instituições meteorológicas em diversos países. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, através do seu Centro de Previsão Climática (CPC), realiza uma combinação dessas várias previsões para avaliar a probabilidade de ocorrência dos fenômenos.
Além disso, o Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e Sociedade (IRI) apresenta modelos climáticos que não envolvem interpretações subjetivas, oferecendo uma perspectiva diferente e, por vezes, divergente. Atualmente, o IRI sugere a ausência de La Niña, algo que deve permanecer até o retorno do El Niño em 2026.
Estamos próximos de um El Niño permanente?
A possibilidade de um El Niño permanente tem sido considerada por alguns cientistas, principalmente devido ao aumento constante das temperaturas oceânicas. No entanto, ainda é cedo para tal afirmação. A sucessão de eventos El Niño com períodos de neutralidade entre eles não é inédita, como se viu nas décadas de 1960 e 1970, e novamente entre 2002 e 2005. Isso sugere que a ausência atual de La Niña pode ser um fenômeno cíclico normal, mas ressalta-se a preocupação com o contínuo aquecimento dos oceanos.
Quais são as implicações do aquecimento oceânico?
O aumento nas temperaturas dos oceanos levanta questões sobre mudanças climáticas de longo prazo e suas implicações no equilíbrio dos fenômenos El Niño e La Niña. Um aquecimento persistente pode desestabilizar os padrões climáticos globais, causando impactos duradouros em ecossistemas e economias ao redor do mundo. A compreensão e previsão desses fenômenos continuam a ser uma área crítica de estudo para mitigar os impactos adversos do clima.
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