Militância invade CCJ e tenta travar PEC antiaborto
A manifestação é tratada por deputados de oposição como manobra usada pelo grupo de deputados ligados ao governo na tentativa de barrar a proposta
A reunião da CCJ da Câmara que aprecia a PEC antiaborto foi suspensa e transferida de plenário após a entrada de militantes ligados ao PSOL no plenário central do colegiado mais importante da Câmara. A manifestação gerou mal-estar entre a presidência do colegiado, liderada por Caroline de Toni (PL-SC) e deputadas do PSOL, que fizeram uma barreira entre os manifestantes e os poucos policiais disponíveis para atender a ocorrência.
O grupo de manifestantes seguiu do plenário central da CCJ até o local escolhido por De Toni para continuar a reunião. O tumulto em frente ao plenário 15, que é um dos menores da Câmara, também impediu a continuidade dos trabalhos.
Agora, a reunião retorna ao plenário principal da CCJ, já esvaziado e com acesso restrito a deputados e assessores.
Manobra
A manifestação já é tratada por deputados de oposição como manobra incentivada pelo grupo de deputados ligados ao governo, que já admitem que oposição e centro têm votos suficientes para aprovar a proposta, mas tentam adiar a votação. A intenção seria impedir o avanço da proposta na sessão desta quarta-feira,27.
Debate
A deputada Dani Cunha (União-RJ) assumiu a liderança das negociações nos bastidores da CCJ e abriu a argumentação da oposição no colegiado durante o primeiro turno da discussão. Antes do início da reunião na manhã desta quarta-feira, 27, parlamentares da base governista anteciparam derrota diante da articulação que conta com a adesão de partidos de centro.
Conhecido por ocupar lugar de destaque entre parlamentares de centro, o deputado Luiz Gastão (PSD-CE) orientou favorável a proposta. “Nós precisamos ter a clareza de quando se inicia a vida. É só isso que nós queremos”.
A relatora da matéria, Chris Tonietto (PL-RJ) rebateu argumentos da base lulista e de que o discurso da oposição se pauta pela procura por likes. “Aqui a preocupação é com a vida”, declarou.
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Comentários (1)
Maglu Oliveira
27.11.2024 15:31“Nós precisamos ter a clareza de quando se inicia a vida." Isso depende de muitas coisas, por exemplo, se vc é religioso e no que acredita. Portanto, essa certeza vc não vai ter nunca, é uma coisa muito individual. Além disso sou de opinião que só uma mulher pode decidir o que é melhor pra ela dentro de um prazo legalmente estipulado.