Corina Machado e González convocam manifestação em Caracas
"Devemos agir agora. O mundo inteiro estará atento à causa de um país decidido a avançar até o fim", exortou Maria Corina Machado
O movimento político Comando com Venezuela, liderado por María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, convocou uma mobilização em Caracas para este domingo, 1º de dezembro.
Este evento marca a primeira grande convocação desde o final de setembro.
Em meio a um aumento na repressão governamental, a oposição declarou ter entrado em uma fase de resistência, com dezenas de líderes presos, seu candidato presidencial no exílio e a principal líder da coalizão na clandestinidade.
O encontro deste domingo, às quatro da tarde na Praça La Castellana, coração financeiro de Caracas, representa um desafio significativo.
“Devemos agir agora”
Em um encontro virtual com líderes e ativistas da oposição, Machado afirmou: “Devemos agir agora. Este 1º de dezembro será um protesto único, inédito, com nossas mãos pintadas de vermelho, com coragem. O mundo inteiro estará atento à causa de um país decidido a avançar até o fim.”
A palavra de ordem escolhida é “Dia 10 de janeiro é já”, referindo-se ao início formal do novo mandato presidencial na Venezuela.
González Urrutia, que tem defendido sua vitória ao redor do mundo, aspira tomar posse. Para isso, ele deve retornar ao país após se exilar na Espanha no início de setembro.
Vigília pelos presos políticos
A oposição afirma que esta será também uma vigília com o objetivo de apoiar os familiares dos presos políticos.
Após as eleições presidenciais, mais de 2.500 pessoas foram detidas no país. A maioria foi presa durante protestos contra os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo chavismo, que declarou Maduro como vencedor sem apresentar provas.
Foco na diplomacia
Nos últimos dois meses, a oposição tem se afastado das manifestações em massa na Venezuela para focar sua estratégia na diplomacia internacional, denunciando a fraude eleitoral com base em evidências coletadas em 83% das atas oficiais pela equipe de González.
A coalizão opositora espera aumentar a pressão internacional sobre o governo Maduro após o reconhecimento de González Urrutia como “presidente eleito” por países como Estados Unidos, Itália e Equador.
A expectativa é que essa pressão se intensifique a partir do dia 10 de janeiro, quando Maduro pretende iniciar um novo mandato sem legitimidade.
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