O Parlamento Europeu aprovou a nomeação da nova Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, permitindo que os 26 comissários iniciem suas funções a partir de 1º de dezembro. Antes da votação plenária, os comitês parlamentares já haviam dado sua aprovação.

Os líderes das principais bancadas, incluindo o Partido Popular Europeu (PPE), os Socialistas e Democratas e os Liberais, concordaram em apoiar a composição da Comissão. Juntas, essas facções representam mais da metade dos deputados necessários para a aprovação.

Contudo, o processo não foi isento de controvérsias, com debates acalorados sobre as nomeações: inicialmente, dois candidatos e uma candidata não receberam o aval do Parlamento, levando a adiamentos na decisão. Em determinado momento, houve até mesmo temores de que toda a formação da Comissão pudesse fracassar.

Críticas aos Candidatos da Hungria e Itália

Os social-democratas se opuseram à nomeação do italiano Raffaele Fitto, vinculado ao partido Fratelli d’Italia, que deveria ocupar uma das vice-presidências da Comissão.

A indicação da Hungria também gerou polêmica: Olivér Várhelyi foi alvo de críticas devido à sua lealdade ao primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán.

Cada estado-membro teve a oportunidade de nomear pelo menos um candidato ou candidata. Posteriormente, a presidente da Comissão apresenta seu time ideal.

Novas Prioridades na Segunda Gestão de Von der Leyen

Espera-se que na sua segunda gestão, Ursula von der Leyen foque em prioridades diferentes das anteriores. Se em 2019 o destaque foi a crise climática, agora os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, a posse de Donald Trump e as tensões comerciais com a China são as questões prementes.

Um indicativo dessa nova direção é o cargo recém-criado de Comissário da Defesa, que será ocupado pelo ex-primeiro-ministro lituano Andrius Kubilius. Sua função será promover a independência militar europeia e facilitar investimentos em projetos de defesa no continente.

A Comissão Europeia é responsável por propor legislações para a União Europeia e garantir o cumprimento das normas comunitárias.

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