Polícia “woke” canadense se recusa a identificar gênero de acusado de violência sexual
“Acreditamos que a pessoa tem um pênis”, mas não podemos "presumir o gênero", diz representante da polícia do Canadá sobre o caso
A abordagem “woke” das autoridades canadenses, especialmente sob o governo de Justin Trudeau, tem causado revolta ao impactar questões sensíveis de segurança pública.
Em agosto de 2023, uma mulher foi sexualmente agredida na estação Surrey Central do SkyTrain, em Vancouver. Apesar de evidências forenses claras, como a presença de sêmen, e imagens do acusado, a polícia local evitou identificar o sexo biológico do agressor.
Amanda Steed, representante da polícia, afirmou: “Acreditamos que a pessoa tem um pênis”, mas recusou-se a classificar o suspeito como homem, declarando que não podem “presumir o gênero”. A postura gerou indignação e alimentou o debate sobre o impacto da ideologia de gênero em áreas cruciais, como a justiça criminal.
Sob a liderança de Trudeau, o Canadá implementou políticas ultraprogressistas que incluem análises de gênero em orçamentos, cotas raciais em nomeações e mudanças terminológicas institucionais. Enquanto apoiadores destacam a inclusão social, críticos, como o ex-general Michel Maisonneuve, alertam que essas políticas ameaçam valores tradicionais do país. Publicações internacionais, como o jornal britânico The Telegraph, questionam se o Canadá estaria em processo de “desintegração” sob o peso dessas agendas.
Camille Paglia versus Judith Butler
As tensões culturais em torno do “wokismo” encontram ecos em debates acadêmicos e sociais, como representado pelas ideias de duas acadêmicas abertamente gays e identificadas com a esquerda, Camille Paglia e Judith Butler.
Judith Butler é associada ao pós-estruturalismo e à teoria queer. Em Gender Trouble (1990), argumenta que gênero e sexo são construções sociais performativas. Ela recusa a noção de categorias fixas, como “homem” e “mulher”, tentando desconstruir o senso comum.
Camille Paglia, por outro lado, rejeita a ideia de que gênero é puramente construído. Em Sexual Personae (1990), defende que a biologia desempenha um papel central na diferenciação entre os sexos e critica o feminismo contemporâneo por ignorar essas realidades. Sua abordagem mistura arte, psicanálise e história cultural com ênfase em arquétipos sexuais.
A ideologia de gênero, propagada por organizações políticas e corporações, moldou políticas educacionais e práticas médicas, frequentemente colocando em risco os direitos dos pais e a saúde mental das crianças. Casos como o debate sobre o uso de bloqueadores de puberdade ilustram os perigos de intervenções irreversíveis baseadas em diagnósticos precoces e a politização da medicina.
No Canadá, a resistência a essa agenda é limitada, enquanto nos EUA e na Europa algumas instituições começam a reavaliar as práticas de afirmação de gênero.
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