Revelada antiga denúncia de assédio sexual contra Gabriel Boric
A denúncia, registrada em 6 de setembro na procuradoria regional de Magallanes, e só agora revelada, envolve eventos supostamente ocorridos em 2013, quando Boric tinha 27 anos
Em meio a um ambiente político já tensionado, o presidente do Chile, Gabriel Boric, enfrenta acusações de difusão de imagens privadas e suposto assédio sexual, incidentes que remontam a uma década atrás.
Segundo a defesa do mandatário, as alegações são infundadas e foram categoricamente negadas.
A denúncia, registrada em 6 de setembro na procuradoria regional de Magallanes, e só recentemente revelada, envolve eventos supostamente ocorridos em 2013, quando Boric tinha 27 anos. Na época, ele estava iniciando sua carreira profissional após concluir seus estudos de Direito.
Imagens explícitas enviadas sem consentimento
O advogado Jonatan Valenzuela, representante de Boric, destacou que o próprio presidente teria sido vítima de assédio por parte de uma mulher durante seu estágio em Punta Arenas, que teria lhe enviado 25 e-mails contendo imagens explícitas, sem consentimento
O chefe da promotoria local, Cristián Crisosto, confirmou a existência de um processo penal relacionado aos fatos mencionados, mas absteve-se de fornecer detalhes adicionais devido à natureza confidencial da investigação. Um grupo especial do Ministério Público está conduzindo as apurações.
Valenzuela afirmou que Boric jamais manteve qualquer tipo de relação pessoal ou amizade com a denunciante e que não houve comunicação entre ambos desde julho de 2014. Além disso, salientou que as respostas enviadas por Boric aos e-mails demonstravam sua perplexidade diante dos conteúdos recebidos sem justificativa.
Por que trazer à tona isso agora?
A revelação pública da denúncia suscitou questionamentos sobre o momento escolhido para sua divulgação.
Juan Antonio Coloma, deputado da União Democrata Independente (UDI), destacou a necessidade de investigar a fundo as alegações enquanto criticava o atraso na divulgação das informações.
Guillermo Ramírez, presidente da UDI, também pediu por transparência e celeridade no tratamento do caso. Ressaltou ainda a importância da presunção de inocência no processo legal e sublinhou que todas as partes envolvidas devem atuar com prudência e isenção política.
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