Donald Trump recuou da nomeação de Matt Gaetz como procurador-geral após intensa pressão de aliados e cálculos políticos que pesaram contra a indicação. Fontes próximas ao presidente eleito revelaram como a decisão foi tomada em meio a conversas estratégicas e alertas sobre o custo de insistir na escolha.

Trump havia se dedicado pessoalmente à campanha para garantir apoio ao nome de Gaetz no Senado, fazendo chamadas a senadores e mobilizando sua equipe de transição. Em reuniões com aliados como JD Vance e Stephen Miller, Trump expressou preocupação com o impacto da nomeação. “Estou gastando muito capital político”, teria dito o presidente eleito, segundo matéria da FOXNews.

Os alertas de senadores foram cruciais. Mesmo aqueles que apoiavam a indicação destacaram que ela poderia desgastar a administração antes mesmo de sua posse. Gaetz, que enfrenta alegações de má conduta sexual (acusações que ele nega), viu sua posição se enfraquecer ainda mais com a perspectiva de uma nova reportagem detalhando outros casos. Pouco antes da divulgação, Gaetz retirou oficialmente sua candidatura, a pedido de Trump.

Com a saída de Gaetz, Trump escolheu Pam Bondi, ex-procuradora-geral da Flórida, como substituta. Bondi, que já defendeu Trump no primeiro processo de impeachment, traz experiência jurídica sólida e foi bem recebida por aliados. Ela é descrita como uma profissional comprometida com o respeito às leis, mantendo uma postura firme, porém alinhada ao que se espera do Departamento de Justiça.

A decisão de abandonar Gaetz demonstra um cálculo pragmático de Trump, que busca evitar confrontos desnecessários com o Senado e preservar sua base de apoio para outras indicações. Os bastidores revelam um presidente eleito que, mesmo fiel a seus aliados, está disposto a fazer ajustes para garantir uma transição eficaz e estável.