Aécio em queda livre
2018 foi o ano em que Aécio Neves fugiu para a Câmara. Com a imagem desgastada desde o vazamento do áudio da conversas com Joesley Batista...
2018 foi o ano em que Aécio Neves “fugiu” para a Câmara.
Com a imagem desgastada desde o vazamento do áudio da conversas com Joesley Batista (“Tem que ser um que a gente mata antes de fazer a delação“), em 2017, o senador tucano preferiu não tentar a reeleição ao Senado e garantir uma vaga como deputado — e um foro privilegiado, claro. Deu certo até agora. A PEC do fim do foro está no foro, pronto para entrar em vigor.
A imagem do tucano está tão deteriorada que nem o seu afilhado político, o senador Antonio Anastasia, quis vincular seu nome ao do senador durante a campanha para o governo de Minas Gerais (Anastasia acabou derrotado).
A despeito da vitória nas urnas, Aécio não deve ter um futuro tranquilo.
Tornado réu no STF por corrupção passiva e obstrução de Justiça, fruto da delação da JBS, ele terá de enfrentar ainda uma ação em que o Ministério Público de Minas pede a devolução de R$ 11 milhões aos cofres públicos: é o custo equivalente a mil voos pagos pelo estado em benefício de Aécio entre 2003 e 2010, quando ele era governador.
Além disso, a Segunda Turma do STF resolveu desarquivar, a pedido da Procuradoria-Geral da República, o inquérito que apura suspeita de envolvimento de Aécio em esquema de corrupção e lavagem em Furnas.
Quando Aécio começava a se preparar para os festejos de Réveillon, surgiram outras complicações: no dia 11 de dezembro, a PF realizou a 1ª fase da Operação Ross, cumprindo mandados de busca e apreensão na casa do senador e da irmã dele, Andréa Neves.
A PF chegou a requerer a prisão dos dois, negada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF.
Os investigadores procuravam evidências do pagamento de propina a Aécio pela JBS por meio de notas frias. O montante chega a 130 milhões de reais.
Já no dia 20 de dezembro, a PF colocou a 2º fase da operação nas ruas. A polícia fez buscas na casa da mãe de Aécio e de uma empresa de comunicação que seria da irmã do senador, Andrea Neves, e seu primo, Frederico Pacheco.
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