A campanha presidencial da democrata Kamala Harris gastou surpreendentes US$ 1,5 bilhão em apenas 15 semanas, mas, mesmo com uma vantagem financeira considerável, ela perdeu as eleições para Donald Trump. Esse gasto gerou questionamentos entre os apoiadores, principalmente sobre a eficácia das despesas extravagantes, como eventos com celebridades e shows de drones.

Segundo registros financeiros, quase US$ 600 milhões foram destinados a publicidade, enquanto outras despesas controversas incluíram US$ 2,5 milhões para agências digitais que gerenciam influenciadores e US$ 1 milhão para um evento com Oprah Winfrey, cujo custo total foi de US$ 2,5 milhões. Além disso, a campanha investiu US$ 10 milhões em shows com Lady Gaga e Jon Bon Jovi na véspera da eleição, mas enfrentou problemas logísticos que aumentaram ainda mais os custos.

Internamente, a campanha enfrentou críticas pela permanência de grande parte da equipe de Joe Biden. “Tivemos tanto dinheiro que foi difícil gastá-lo de maneira estratégica”, disse Bakari Sellers, aliado de Kamala Harris.

Apesar de um desempenho mais forte em estados-chave como Pensilvânia e Geórgia, a derrota foi avassaladora: Trump conquistou 312 votos no colégio eleitoral, rompendo a hegemonia democrata de 20 anos no voto popular. Líderes democratas, como Chris Korge, chefe de finanças do partido, pedem uma análise detalhada dos erros estratégicos e financeiros.

Mesmo com um caixa robusto, a campanha agora enfrenta temores de dívidas pós-eleitorais. Em contraste, Trump gastou significativamente menos, US$ 1,2 bilhão, mas alcançou resultados eleitorais muito superiores.

O cenário pós-derrota inclui demissões em massa no comitê democrata, com 70% da equipe dispensada, simbolizando o impacto devastador da derrota e ressaltando a urgência de reorganização dentro do partido.