Os fantasminhas da Embratur
A denúncia também está nas mãos do Ministério Público Federal, que já instaurou procedimento prévio para análise de informações
O Tribunal de Contas da União (TCU) instaurou uma investigação para apurar uma denúncia que aponta a existência de pelo menos 30 funcionários fantasmas na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), autarquia comandada pelo ex-deputado federal Marcelo Freixo.
A denúncia também está nas mãos do Ministério Público Federal, que já instaurou procedimento prévio para análise de informações.
Segundo denúncia apresentada ao TCU e à qual O Antagonista teve acesso, pelo menos 30 funcionários considerados fantasmas foram contratados nos últimos seis meses. São casos de servidores que ganham até 38 mil reais, mas nunca apareceram no local para dar expediente presencial.
A justificativa, internamente, é que eles são beneficiados por uma portaria que autoriza o trabalho remoto na Embratur. A lista tem, inclusive, ex-deputados federais que foram abrigados no órgão após não conseguir se eleger em 2022.
Pelo menos cinco funcionários foram exonerados após as denúncias. Ao jornal O Globo, Freixo disse que ‘não há acordo para abrigar fantasmas.’ “Estamos batendo recordes de turistas graças a muito esforço e trabalho. Quem não estiver trabalhando e dando resultado não fica”, declarou ele ao jornal.
O relator do processo no TCU é o ministro Jhonatan de Jesus, ex-integrante do Republicanos.
Desbolsonarização na Embratur
Ao assumir a autarquia, uma das primeiras providências de Freixo foi “desbolsonarizar” a Embratur.
Desde o começo do ano, 71 funcionários, entre os quais estão militares, CACs e pessoas ligadas ao ex-ministro do Turismo Gilson Machado, foram demitidos da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo.
Para fazer a ‘limpa’, o presidente da agência se baseou em auditorias do TCU e da CGU e cancelou promoções e revisão de contratos assinados no final do ano passado.
A lista de funcionários exonerados conteve dez doadores da campanha de Gilson Machado, que concorreu ao Senado pelo estado de Pernambuco, mas não foi eleito.
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