EUA condenam cerco de Maduro à embaixada da Argentina
Opositores venezuelanos estão refugiados na sede diplomática, que está sob custódia do Brasil
O governo dos Estados Unidos divulgou neste domingo, 24, um comunicado em que condena o novo cerco das forças da ditadura de Nicolás Maduro à embaixada da Argentina em Caracas.
Opositores venezuelanos estão refugiados na sede diplomática, que está sob custódia do Brasil.
No comunicado, Washington afirmou que a ação dos agentes de segurança é uma “grave violação do direito internacional” por comprometer a inviolabilidade das missões diplomáticas e os direitos daqueles que procuram asilo.
Os EUA também fizeram um apelo para que a ditadura chavista respeite as suas obrigações internacionais e acabe com as ações intimidatórias.
“Exigimos que esta conduta contrária às normas internacionais seja imediatamente interrompida”, afirmou.
As autoridades venezuelanas não emitiram uma resposta oficial sobre o cerco.
Na noite de sábado, o dissidente Pedro Urruchurtu Noselli, chefe da campanha de María Corina Machado, que está asilado na embaixada desde 20 de março, afirmou que funcionários encapuzados da Diretoria de Ações Estratégicas e Táticas do Corpo de Polícia Nacional Bolivariano (DAET) e do Serviço Nacional Bolivariano de Inteligência (SEBIN) cercaram a sede diplomática portando armas. O cerco, segundo ele, continuou ao longo de domingo.
Reação da Argentina
O Ministério de Relações Exteriores da Argentina condenou o que chamou de “atos de assédio e intimidação contra os requerentes de asilo”.
“O envio de tropas armadas, o fechamento das ruas ao redor da nossa Embaixada e outras manobras constituem uma perturbação da segurança que deve ser garantida às sedes diplomáticas de acordo com o direito internacional, bem como àqueles que solicitaram asilo diplomático”, afirmou o ministério do governo Javier Milei.
Também fez um apelo à comunidade internacional para condenar o cerco, agradeceu ao Brasil pelos esforços para proteger seus interesses no país e reafirmar seu compromisso com a “defesa dos direitos humanos, o respeito aos padrões internacionais e a segurança daqueles em situação de asilo”.
O líder da oposição Edmundo González Urrutia, exilado na Espanha, também alertou “o mundo sobre o que poderia acontecer aos colegas refugiados na Embaixada da Argentina em Caracas”, que “estão sendo sitiados por pessoas encapuzadas”.
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