França reitera apoio à Ucrânia e defende uso de mísseis contra Rússia
Declarações de ministro francês foram feitas após os primeiros usos de mísseis de longo alcance dos EUA e Reino Unido contra a Rússia
O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, afirmou em entrevista à BBC que a Ucrânia pode disparar mísseis franceses de longo alcance contra a Rússia “como autodefesa”, mas não confirmou se o armamento já foi utilizado dessa maneira.
“O princípio foi estabelecido. Nossas mensagens ao presidente Zelensky foram bem recebidas”, disse o ministro francês.
No início deste ano, o presidente francês, Emmanuel Macron, já havia sinalizado disposição para permitir o uso de mísseis franceses em território russo. As declarações de Barrot, porém, são importantes pois foram feitas após os primeiros usos de mísseis de longo alcance dos EUA e Reino Unido contra a Rússia.
Barrot também ressaltou que os aliados ocidentais não devem impor limites no apoio à Ucrânia contra a Rússia, evitando o que ele chamou de “linhas vermelhas”.
Questionado sobre a possibilidade de tropas francesas entrarem em combate, ele respondeu que “nenhuma opção está descartada” e reiterou o compromisso de apoiar a Ucrânia “intensamente e pelo tempo que for necessário”.
Ele também sugeriu que a Ucrânia poderia ser convidada a ingressar na Otan, uma demanda do presidente Volodymyr Zelensky.
“Estamos abertos a estender esse convite e trabalhando com amigos e aliados para aproximar a Ucrânia de nossas posições”, disse.
Ucrânia dispara mísseis do Reino Unido
Na última quarta-feira, 20 de novembro, a Ucrânia lançou uma série de mísseis de cruzeiro britânicos Storm Shadow (foto) contra alvos na Rússia.
Esse movimento marca a introdução do mais recente armamento ocidental que o país tem permissão para usar em território russo, seguindo o lançamento dos mísseis americanos ATACMS no dia anterior.
Moscou já havia alertado que o uso de armamentos ocidentais para atingir território russo distante da fronteira representaria uma escalada no conflito.
Relatos de correspondentes de guerra russos no Telegram divulgaram imagens que supostamente capturam o som dos mísseis atingindo a região de Kursk.
Pelo menos 14 grandes explosões foram registradas, muitas delas precedidas pelo assobio agudo característico dos mísseis em aproximação. As filmagens, realizadas em uma área residencial, mostraram colunas de fumaça negra ao longe.
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Comentários (2)
Clayton De Souza pontes
24.11.2024 16:44Guerra é guerra. Fica muito mais fácil pro Putin ficar só atacando sem ser atacado. Tem que deixar a Ucrânia se defender da melhor forma possível
Marcelo Augusto Monteiro Ferraz
24.11.2024 15:43Já está passando da hora de a Ucrânia ser autorizada a ingressar na OTAN. Força, Ucrânia! Força, OTAN! Até a vitória final! 🇺🇦🇺🇦🇺🇦🇺🇦