Por que Luiz Eduardo Ramos ficou de fora da trama golpista?
Ramos era chefe de Mário Fernandes, apontado como um dos articuladores do plano, na Secretaria-Geral da Presidência
Chefe de Mário Fernandes na Secretaria-Geral da Presidência, o também general da reserva e ex-ministro Luiz Eduardo Ramos (à direita na foto) ficou de fora da trama golpista que rendeu o indiciamento ao ex-presidente Jair Bolsonaro (à esquerda na foto) e a outros 36 ex-integrantes de seu governo.
Segundo O Globo, Ramos foi deixado de lado das discussões pela fama de falar demais, que lhe rendeu até o apelido de “Maria fofoca” na Esplanada dos Ministérios.
Desalojado da Casa Civil para dar espaço ao senador Ciro Nogueira (PP-PI), em 2021, Ramos foi designado por Bolsonaro como ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Mário Fernandes, apontado peça Polícia Federal como um dos articuladores do plano de golpe de Estado, era o número 2 da pasta.
PF indicia Bolsonaro e mais 36 por tentativa de golpe de Estado
A PF indiciou na quinta-feira, 21, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 ex-integrantes de seu governo no inquérito que apura a tentativa da execução de um golpe de Estado no Brasil.
O ex-presidente da República foi indiciado pelos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Segundo a Polícia Federal, oficiais das Forças Armadas, assessores palacianos e ex-ministros de Estado, sob a coordenação de Jair Bolsonaro, participaram de reuniões em que se discutiram a possibilidade de se instituir um golpe de Estado.
Para a PF, o plano somente não foi concretizado porque não houve o aval dos então comandantes do Exército o general Marco Antônio Freire Gomes e da Aeronáutica o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior. O então comandante da Marinha Almir Garnier Santos, do outro lado, deu aval à trama golpista.
O ex-presidente da República negou, em várias oportunidades, ter tramado um golpe de Estado.
Leia abaixo a lista de todos os indiciados
Ailton Gonçalves Moraes Barros
Alexandre Castilho Bitencourt Da Silva
Alexandre Rodrigues Ramagem
Almir Garnier Santos
Amauri Feres Saad
Anderson Gustavo Torres
Anderson Lima De Moura
Angelo Martins Denicoli
Augusto Heleno Ribeiro Pereira
Bernardo Romao Correa Netto
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
Carlos Giovani Delevati Pasini
Cleverson Ney Magalhães
Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira
Fabrício Moreira De Bastos
Filipe Garcia Martins
Fernando Cerimedo
Giancarlo Gomes Rodrigues
Guilherme Marques De Almeida
Hélio Ferreira Lima
Jair Messias Bolsonaro
José Eduardo De Oliveira E Silva
Laercio Vergilio
Marcelo Bormevet
Marcelo Costa Câmara
Mario Fernandes
Mauro Cesar Barbosa Cid
Nilton Diniz Rodrigues
Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho
Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira
Rafael Martins De Oliveira
Ronald Ferreira De Araujo Junior
Sergio Ricardo Cavaliere De Medeiros
Tércio Arnaud Tomaz
Valdemar Costa Neto
Walter Souza Braga Netto
Wladimir Matos Soares
Leia também em Crusoé: Cerco a Bolsonaro
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Comentários (2)
Angelo Sanchez
22.11.2024 16:20A indignação pela eleição de um "corrupto descondenado", foi muito grande, e atingiu a todos os eleitores que não esperavam o resultado final da eleição. Se Bolsonaro sabia de uma trama golpista, ele não autorizou e tudo agora é pirotecnia para estancar o crescimento de Bolsonaro diante da opinião pública. Nas próximas eleições se puder concorrer, ou Bolsonaro vence, ou senão será eleito aquele que ele apoiar.
Marcia Elizabeth Brunetti
22.11.2024 09:19Será que os evangélicos estão rezando por eles todos?