Microsoft pede a Trump endurecimento contra hackers russos e chineses
Brad Smith, presidente da Microsoft, exortou Donald Trump, que ainda não assumiu a presidência, a adotar uma postura mais rígida contra ataques cibernéticos de Rússia, China e Irã
Brad Smith, presidente da Microsoft, exortou Donald Trump, que ainda não assumiu a presidência, a adotar uma postura mais rígida contra ataques cibernéticos de Rússia, China e Irã.
Em entrevista ao Financial Times, Smith destacou que a segurança digital deve ocupar um espaço central nas relações internacionais, especialmente diante do aumento de ataques patrocinados por Estados.
“Espero que o governo Trump pressione com mais força contra ciberataques de nações, especialmente Rússia, China e Irã”, disse. Ele criticou a “tolerância” do governo russo a gangues cibernéticas que têm atingido empresas norte-americanas com crescente frequência.
Na última semana, autoridades dos EUA acusaram a China de conduzir uma ampla campanha de espionagem, invadindo redes de telecomunicações antes das eleições de novembro. Smith elogiou os avanços da administração Biden na proteção tecnológica, mas enfatizou a necessidade de “mais passos para desmotivar e impedir esses ataques”.
Um relatório da Microsoft apontou que seus clientes enfrentam mais de 600 milhões de ciberataques diários. Grupos de hackers e Estados-nação estão compartilhando ferramentas e colaborando em operações conjuntas, segundo a empresa.
Apesar de suas críticas, a Microsoft também foi alvo de questionamentos recentes. Um relatório da US Cyber Safety Review Board classificou a cultura de segurança da empresa como “inadequada”, destacando falhas que permitiram a hackers chineses acessarem contas de e-mail de altos funcionários do governo dos EUA.
Smith reiterou que a Microsoft está priorizando a segurança, enquanto o CEO Satya Nadella afirmou que medidas como vincular remunerações de funcionários à segurança estão sendo implementadas.
Além da cibersegurança, Smith pediu ao governo dos EUA que acelere exportações de tecnologias digitais para competir com a China em mercados como Oriente Médio e África. “Precisamos que a tecnologia americana chegue a essas regiões tão rápido quanto a chinesa”, concluiu.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)