Moraes mantém delação premiada de Mauro Cid
Ministro do STF decide manter benefício integral ao tenente-coronel Mauro Cid após prestar depoimento nesta quinta-feira, 21
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve nesta quinta-feira, 21, a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após prestar depoimento na Corte por mais de duas horas.
O STF confirmou, em nota, a manutenção da validade da delação premiada:
“Após três horas de audiência, o ministro Alexandre de Moraes confirmou a validade da colaboração premiada de Mauro Cid. O ministro considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal. As informações do colaborador seguem sob apuração das autoridades competentes“
Na segunda-feira, 19, Moraes intimou Cid a dar explicações por quais razões ele teria omitido da sua delação premiada as mensagens trocadas com militares da reserva sobre supostos planos para uma tentativa de golpe de Estado, conforme revelou a Operação Contragolpe.
PF indiciou Cid, Bolsonaro e mais 35
Mauro Cid está entre os 37 indiciados pela PF, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no inquérito que apura a tentativa da execução de um golpe de Estado no Brasil pelos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Além dele, também foram indiciados ex-integrantes do Poder Executivo, os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres, o deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin), Alexandre Ramagem, e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto.
“As provas foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo poder Judiciário”, escreveu a PF em nota oficial divulgada nesta quinta-feira.
Segundo a Polícia Federal, oficiais das Forças Armadas, assessores palacianos e ex-ministros de Estado, sob a coordenação de Jair Bolsonaro, participaram de reuniões em que se discutiram a possibilidade de se instituir um golpe de Estado.
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