Valdemar e Ciro Nogueira silenciam sobre Operação Contragolpe
"Centrão bolsonarista" adota cautela sobre investigação
O silêncio de líderes como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), diante da operação da Polícia Federal que investiga o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, chama atenção em meio às repercussões políticas a respeito do caso.
Entre aliados do ex-presidente que também fazem parte do centrão e ocuparam papéis de relevância no governo bolsonarista, a cautela sobre a investigação em curso parece predominar. Por outro lado, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que segue em distanciamento da oposição no Congresso, comentou que os elementos trazidos à tona pela investigação são “extremamente preocupantes”.
“O grupo, segundo as investigações, tramava contra a democracia, em uma clara ação com viés ideológico. E o mais grave, conforme a polícia, esses militares e o policial federal tinham um plano para assassinar o presidente da República e o seu vice, além de um ministro do Supremo. Não há espaço no Brasil para ações que atentam contra o regime democrático, e menos ainda para quem planeja tirar a vida de quem quer que seja”, declarou.
Discursos dos filhos
Enquanto isso, na ala bolsonarista do Congresso, o discurso busca diluir as acusações.
“Às vezes falamos coisas da boca para fora, não há crime nisso. Os atos introdutórios não são crimes. Precisamos de uma anistia para passar uma pedra nessa história do Brasil.” Ele argumenta que, sem a concretização do plano, não há razão para punições. No entanto, juristas ressaltam que o crime de abolição do Estado Democrático de Direito também inclui o “tentar”, e os indícios apresentados até agora reforçam as bases para possíveis acusações, destacou Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) seguiu a mesma linha. Durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública, declarou:“Essa situação de hoje não era nem para ter inquérito aberto. Vontade de matar alguém, todo mundo alguma vez na vida já teve. Por mais que seja abominável esse sentimento, não é crime”.
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Comentários (1)
Clayton De Souza pontes
21.11.2024 12:14A história cabe ao vencedor. O Bolsonaro ficou fazendo motociatas e agora se vê em apuros com o vasculhamento do seu armário . Teria sido melhor se tivesse governado e não jogado o poder no colo do descondenado Lula