Putin amplia condições para uso de armas nucleares
O decreto especifica que um dos motivos que justificariam o uso de armas nucleares seria o lançamento de mísseis balísticos contra a Rússia
No milésimo dia da ofensiva russa contra a Ucrânia, uma investida aérea russa resultou na morte de sete pessoas, incluindo uma criança, na região nordeste da Ucrânia. Esse ataque ocorreu em meio a um cenário de tensão crescente, com o presidente russo Vladimir Putin assinando um decreto que amplia as condições para o uso de armamento nuclear.
Segundo o governo russo, essa medida foi tomada como resposta a supostas ameaças ocidentais à segurança da Rússia, especialmente após os Estados Unidos autorizarem Kiev a lançar mísseis de longo alcance em território russo.
O decreto especifica que um dos motivos que justificariam o uso de armas nucleares seria o lançamento de mísseis balísticos contra a Rússia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que essa mudança era necessária para adaptar as bases estratégicas russas ao contexto atual. Putin já havia advertido anteriormente que qualquer ataque massivo ou apoiado por uma potência nuclear contra a Rússia poderia ser considerado uma agressão conjunta, potencialmente justificando uma resposta nuclear.
Aliados da Ucrânia reafirmam apoio
Em resposta ao prolongamento do conflito e às ações russas, o presidente francês Emmanuel Macron reafirmou o compromisso contínuo da França com a Ucrânia. Em comunicado divulgado nas redes sociais, Macron destacou a resistência ucraniana contra o que descreveu como uma “guerra de agressão ilegal e injustificável”, prometendo que o apoio francês não enfraquecerá.
Paralelamente, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, alertou sobre os riscos de permitir que Putin alcance seus objetivos na Ucrânia. Durante uma reunião em Bruxelas com ministros da Defesa da União Europeia, Rutte enfatizou que um sucesso russo resultaria em uma Rússia mais ousada nas fronteiras europeias e possivelmente disposta a expandir sua influência territorial e militar.
Ataque contra dormitório escolar
O ataque russo noturno na região de Sumy, próximo à fronteira com Kursk, foi conduzido por um drone e resultou na destruição de um dormitório escolar.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky relatou que além das mortes confirmadas, várias pessoas ficaram feridas e há possibilidade de mais vítimas sob os escombros. Esta tragédia ocorre apenas dois dias após outro ataque russo na mesma região ter matado oito pessoas.
A continuidade dos bombardeios russos tem devastado áreas próximas à linha de frente e causado sérios danos às infraestruturas energéticas por toda a Ucrânia.
As imagens divulgadas pelo governo ucraniano mostram equipes de resgate trabalhando incessantemente entre os escombros em busca de sobreviventes, enquanto o conflito se arrasta sem sinais claros de resolução no horizonte.
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