G20: Premier da Noruega cobra declaração final “realista”
Segundo Jonas Gahr Støre, o rascunho das declarações "não abordam conflitos individuais em termos de encontrar soluções"
O primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre (foto), cobrou uma declaração final “realista” dos chefes de Estado e governo do G20 em meio às guerras em curso na Ucrânia e no Oriente Médio.
“Eu vi o rascunho das declarações e elas não abordam conflitos individuais em termos de encontrar soluções. Se você quiser chegar a um consenso sobre a declaração entre esses 20 países, terá de ser realista. Mas, obviamente, [os conflitos no] Oriente Médio, Gaza, Líbano, Ucrânia, Sudão, Mianmar e muitos outros serão discutidos nos bastidores aqui no Rio”, disse o premier norueguês a jornalistas no domingo, 17.
Støre também defendeu o fim imediato da invasão russa à Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, e o direito de Kiev de responder aos ataques de Moscou.
“A Rússia invadiu um Estado democrático e soberano, e essa invasão tem de acabar. A Ucrânia é atingida todos os dias e todas as noites por mísseis e drones, artilharia de longo alcance, destruindo a eletricidade e a infraestrutura civil, além dos terríveis combates que ocorrem na linha de frente. E a Ucrânia tem o direito de se defender contra essa agressão”, afirmou.
“Todos nós desejamos ver o fim da guerra e uma solução diplomática, mas isso não pode acontecer sem a Ucrânia no banco da frente. E quanto mais cedo isso acontecer, melhor”, acrescentou.
Formada pelas 19 maiores economias do mundo, União Europeia e União Africana, a cúpula do G20 começa nesta segunda-feira, 18, no Rio de Janeiro.
EUA autorizam Ucrânia a usar mísseis de longo alcance contra Rússia
Os Estados Unidos autorizaram no domingo, 17, a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance de fabricação americana dentro do território da Rússia.
O uso de armas estrangeiras contra os russos é uma demanda aguardada há algum tempo pela Ucrânia. Em agosto, o presidente Volodymyr Zelensky disse que só conseguiria frear o avanço das forças de Vladimir Putin se aliados autorizassem o uso de armas de longo alcance.
O armamento era vetado pelo temor de uma implicação mais direta da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na guerra.
A maioria dos aliados da Ucrânia autoriza o país a usar as armas estrangeiras apenas para a defesa do próprio território. Com a mudança de entendimento, o Exército ucraniano pode atacar a Rússia com as armas fabricadas e cedidas pelos americanos.
Rússia lança ataque massivo
O pedido foi acatado após a Rússia lançar um ataque em larga escala contra infraestruturas de energia da Ucrânia. Segundo o presidente Volodymyr Zelensky, 120 mísseis e 90 drones foram lançados contra o país no domingo, 17.
O ataque combinado de drones e mísseis foi o mais poderoso em três meses, segundo o chefe da Administração Militar da Cidade de Kiev, Serhii Popko.
Segundo Zelensky, a Rússia utilizou vários tipos de drones, incluindo Shaheds iranianos, além de mísseis de cruzeiro, balísticos e mísseis balísticos lançados por aeronaves.
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