Reino Unido divulga resultados da retirada dos celulares das escolas
O impacto dos celulares nas interações sociais e desempenho acadêmico dos alunos do Reino Unido, e as políticas escolares para mitigá-los.
Nos últimos anos, várias escolas do Reino Unido têm implementado políticas que proíbem o uso de celulares em suas instalações. Essas medidas, iniciadas pelas próprias escolas e não como uma política nacional, visam aliviar os efeitos negativos dos smartphones no ambiente social e no desempenho acadêmico dos alunos. Embora a iniciativa tenha recebido aprovação de alguns, outros ainda resistem a essas mudanças.
Para muitos educadores, os dispositivos eletrônicos transformaram as interações sociais entre os estudantes, que passaram a agir de forma isolada, ignorando o ambiente ao redor. A proibição dos celulares busca criar um ambiente mais propício para o aprendizado e a socialização, eliminando distrações constantes e problemas que podem ser agravados pelo uso inadequado de celulares.
Motivações para a Proibição de Celulares
As escolas britânicas decidiram restringir celulares principalmente por preocupações com o bem-estar dos alunos. Segundo o diretor de uma escola do norte de Londres, celulares podem diminuir o foco dos alunos e prejudicar interações sociais. Com a proibição, a expectativa é de um maior engajamento dos alunos com atividades escolares e interações interpessoais.
A campanha Smartphone Free Childhood (SFC) apoia essas ações, incentivando que os pais atrasem a introdução dos smartphones na vida das crianças. A campanha recomenda que o uso de mídias sociais seja permitido apenas após os 16 anos, devido aos riscos associados ao uso precoce e incontrolado desses dispositivos.
Efeitos Observados nas Escolas
Escolas como a Boston Grammar School notaram mudanças no comportamento dos alunos após a proibição. Anteriormente, muitos alunos estavam constantemente em seus celulares. Com a proibição, houve um aumento nas interações diretas e uma redução significativa de conflitos e incidentes em redes sociais.
Na UTC Plymouth, a diretora observou melhorias no desempenho acadêmico após a restrição de celulares. Embora os alunos possam levar os dispositivos, eles devem ser entregues à administração no início do dia, resultando em um ambiente de ensino mais disciplinado e focado.
Desafios das Políticas de Proibição
Apesar dos benefícios, a proibição enfrenta críticas de alguns pais, que questionam a medida total devido à segurança dos filhos fora da escola. Para eles, um meio de comunicação é essencial para a segurança e conveniência no trajeto casa-escola.
Políticos britânicos, incluindo a deputada Helena Dollimore, estão discutindo essas preocupações de segurança, buscando equilibrar proteção e a necessidade de comunicação acessível para jovens.
A Posição do Governo Britânico
O governo do Reino Unido, após anos de consideração, divulgou diretrizes para ajudar escolas a limitar o uso de celulares. As instituições são encorajadas a criar políticas próprias que atendam suas necessidades específicas, podendo variar de uma proibição completa de smartphones durante as aulas a regras mais flexíveis.
No entanto, sindicatos de trabalhadores escolares expressam ceticismo sobre a eficácia dessas orientações, afirmando que o foco deve ser o controle do conteúdo online acessado por alunos. Para o sindicato, a maioria das escolas já regula o uso de celulares de alguma forma, sendo o problema maior o acesso a conteúdos inadequados na internet.
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