De acordo com as autoridades ucranianas, uma mulher foi morta num ataque massivo de drones russos na cidade portuária de Odessa. Pelo menos outras oito pessoas ficaram feridas no ataque noturno, incluindo um menino de nove anos, escreveu o governador militar de Odessa, Oleh Kiper, no Telegram.

Edifícios residenciais, uma igreja e veículos foram danificados. Incêndios eclodiram em vários locais como resultado dos impactos. Além disso, uma tubulação de aquecimento urbano foi atingida. Uma usina termelétrica falhou.

A Rússia há muito que bombardeia sistematicamente alvos civis no seu país vizinho com drones e mísseis. Os atacantes russos têm como alvo particular o fornecimento de energia e calor, o que tem graves consequências para as pessoas à medida que o Inverno se aproxima. Cerca de metade da capacidade eléctrica da Ucrânia ficou fora de serviço devido aos ataques russos.

Nas últimas semanas, o número de ataques de drones aumentou paralelamente à queda das temperaturas. Segundo a emissora norte-americana ABC, o número de ataques aumentou 44 por cento na semana seguinte à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos. Trump anunciou que irá mediar uma paz rápida entre a Rússia e a Ucrânia.

Há receios na Ucrânia e nos seus países europeus de que os EUA, como seu aliado mais importante, possam em breve interromper a sua ajuda a Kiev – e que a Rússia emerja efetivamente como a vencedora da guerra de agressão através de um acordo de paz unilateral às custas da Ucrânia.

Donald Trump

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, anunciou em um evento na Flórida na quinta-feira, 14 de novembro, que seu governo se concentrará na guerra entre a Rússia e a Ucrânia: “Iremos olhar atentamente para a Rússia e a Ucrânia. A Rússia e a Ucrânia devem parar”, disse Trump, segundo a CNN. “Vamos trabalhar nisso”, disse ele no America First Policy Institute, na sua propriedade em Mar-a-Lago.

Trump já havia anunciado que poderia “em breve” nomear um enviado de paz para a Ucrânia para liderar as negociações para acabar com a guerra russa, como informou na quarta-feira, 13, o portal Kyviv Independent, citando a emissora norte-americana Fox News.

“Veremos um enviado especial de altíssimo nível, alguém com muita credibilidade, que terá a tarefa de encontrar uma solução, alcançar um acordo de paz”, disse à emissora uma pessoa familiarizada com o assunto, acrescentando que a nomeação será em breve.

O plano de dez pontos de Zelensky

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyj, quer apresentar na próxima semana um plano que visa garantir a segurança interna do país atacado.

Os dez pontos estão sendo preparados com a sociedade civil e as empresas para formar uma doutrina que deverá dar estabilidade ao país, disse Zelenskyj em sua mensagem de vídeo noturna. Trata-se, entre outras coisas, do fornecimento de energia e da produção de armas. Ele não deu mais detalhes.

Ele também comentou apenas vagamente sobre a situação na frente de batalha. Zelensky elogiou a eficiência dos defensores ucranianos na área de Kupyansk.

Anteriormente, havia relatos de que veículos blindados russos haviam entrado na pequena cidade estrategicamente importante na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia. O Estado-Maior em Kyev declarou posteriormente o ataque repelido.

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