Vice-líder do governo: “Até um carrinho de pipoca ameaça os Três Poderes”
Parlamentar considera que eventos como as explosões na Câmara e no STF deveriam ser antecipados e prevenidos pelas forças de segurança
O vice-líder do governo na Câmara José Nelto (PP-GO) falou a O Antoganista sobre o impacto das explosões na Praças dos Três Poderes causadas por Francisco Luiz Wanderley, 59 anos, que provocou a própria morte em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele avalia que o episódio deve dificultar o avanço da proposta de anistia aos presos do 8 de janeiro.
“O impacto é muito grande. Isso mostra que as feridas do golpe estão abertas. Não é ato isolado. Essa PEC da anistia já não passava, já tinha muita dificuldade, diante desse atentado, nem em pauta ela vai entrar”.
Para o parlamentar, o ocorrido revela a fragilidade do sistema de segurança disponível às instituições
Brasília fragilizada
Para o deputado governista, o governo federal e o governo do Distrito Federal mostram que estão “fragilizados” em matéria de segurança pública.
O parlamentar considera que eventos como o ocorrido esta semana deveriam ser identificados previamente e alvo de uma política de prevenção.
“Brasília está desprotegida pela segurança presencial, ostensiva e pelo serviço de segurança de inteligência. Tanto da Polícia Militar, da Polícia Civil e das Forças de Segurança das Instituições. Hoje qualquer cidadão com carrinho de pipoca ameaça os três Poderes. Essa é a situação que nós estamos enfrentando. É vexatório o que está acontecendo”, afirmou.
E completou: “Não há proteção para as autoridades brasileiras. Isso vai ficar para a opinião pública lá no exterior“.
Anistia na berlinda
A oposição na Câmara dos Deputados se organiza para manter vivo o projeto de lei da anistia aos presos do 8 de janeiro. A articulação ocorre após o episódio das explosões realizadas por Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e no anexo quatro da Câmara, nesta quinta-feira, 14. O ministro Alexandre de Moraes e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, se posicionaram contra a pauta, usando o ataque como “gancho” para as críticas ao projeto.
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