Padrasto envenenou enteado e amigo no Rio, diz polícia
Investigação revela uso de açaí envenenado para matar crianças de 6 e 7 anos
A Polícia Civil do Rio de Janeiro apontou Rafael da Rocha Furtado, de 26 anos, ex-padrasto de uma das vítimas, como autor do envenenamento que matou os meninos Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, e Benjamin Rodrigues Ribeiro, de 7. O crime, que ocorreu entre setembro e outubro no bairro de Cavalcanti, zona norte do Rio, chocou a população pela brutalidade e pela jovem idade das vítimas.
De acordo com a investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Furtado teria buscado Benjamin na escola e oferecido ao enteado um açaí misturado com chumbinho, um veneno amplamente utilizado em envenenamentos criminosos.
Durante o trajeto para casa, Benjamin encontrou Ythallo, seu amigo, e compartilhou a bebida com ele. Ambos os meninos passaram mal logo depois, mas inicialmente acreditava-se que haviam sido envenenados por bombons, supostamente entregues por uma mulher desconhecida. Contudo, essa hipótese foi descartada após as autoridades não conseguirem identificar tal pessoa e constatar evidências de que Furtado agiu de maneira premeditada.
As consequências foram trágicas: Ythallo faleceu ainda em 30 de setembro, no mesmo dia em que ingeriu o veneno, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Benjamin, por sua vez, lutou pela vida no hospital Miguel Couto por cerca de dez dias, mas não resistiu e faleceu em 9 de outubro. A necropsia confirmou a presença de chumbinho nos corpos das crianças, reforçando a suspeita de envenenamento intencional.
Furtado, que está foragido desde o início das investigações, teve um mandado de prisão temporária expedido na última sexta-feira pela juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal da Capital, enquadrado por homicídio qualificado. Nesta terça-feira, 12, agentes da DHC realizaram novas diligências para tentar localizá-lo e cumprir um mandado de busca e apreensão em seus possíveis esconderijos, sem sucesso até o momento.
A polícia ainda apura as motivações que levaram Furtado a cometer o crime, embora se saiba que ele e a mãe de Benjamin romperam o relacionamento em julho deste ano. O caso trouxe comoção e revolta à população local, que cobra respostas e justiça diante da brutalidade cometida contra as crianças.
Enquanto isso, a DHC intensifica as buscas para capturar o responsável, enquanto familiares e amigos aguardam um desfecho para essa tragédia.
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