O futuro da humanidade pode reservar surpresas evolutivas intrigantes, como a possível extinção dos homens cis devido à degradação contínua do cromossomo Y.

Esta teoria foi aprofundada pela geneticista australiana Jenny Graves, que lançou luz sobre a fragilidade genética desse cromossomo ao longo dos tempos.

Em comparação com os cromossomos X, que são mais robustos e presentes em pares nas mulheres, o cromossomo Y carrega significativamente menos genes e tem se deteriorado ao longo da história evolutiva.

A compreensão desse processo pode transformar nossa visão sobre a biologia humana e a evolução futura.

Cromossomo Y está se degradando

O impacto da degradação genética do cromossomo Y está fundamentado na sua composição significativamente menor.

Enquanto o cromossomo X abriga de 900 a 1.400 genes, o Y possui somente 45. Ao longo de milhões de anos, ele perdeu cerca de 97% dos seus genes originais, sendo muitos dos remanescentes considerados pouco úteis.

A presença constante do cromossomo Y nos testículos também contribui para o seu desgaste. Este ambiente é altamente sujeito a mutações, especialmente devido às frequentes divisões celulares necessárias para a produção de espermatozoides.

Sem pares correspondentes para corrigir essas mutações por recombinação genética, o cromossomo Y torna-se ainda mais vulnerável.

Homens cis estão caminhando para a extinção?

Essa questão levanta debates entre cientistas desde que exemplos de degradação do cromossomo Y foram observados em outras espécies, como as moscas da fruta.

Segundo Jenny Graves, a extinção humana não é iminente, pois o processo evolutivo é vagaroso.

Estima-se que, se continuar no ritmo atual, o cromossomo Y ainda levará entre seis a sete milhões de anos para desaparecer por completo.

No entanto, esse fenômeno destaca a imprevisibilidade das mudanças evolutivas.

É possível que novos mecanismos evolucionários surjam, gerando variações de sexo distintas ou mesmo surgindo humanos sem o cromossomo Y já em nossos dias.

Futuro da evolução humana pode surpreender

A história evolutiva nos mostra que a transformação genética é inevitável e contínua.

Com a atual população global de 8 bilhões de pessoas, a ocorrência de mutações e adaptações é constante. Assim, em algum ponto, pode já ter nascido um homem cis funcionalmente viável sem o cromossomo Y tradicional.

• Essa mudança pode levar ao surgimento de novas características sexuais.
• Pode provocar debates éticos e científicos sobre identidade de gênero.

Embora o desaparecimento do cromossomo Y ainda seja um mistério para o futuro, a especulação sobre sua extinção nos convida a refletir sobre a natureza mutável da biologia humana.

A teoria de Jenny Graves nos instiga a considerar o vasto escopo da evolução e as possibilidades que ainda não podemos prever.