Apoio à Ucrânia permanece “prioridade absoluta”
O presidente francês afirmou que continuará defendendo que a Otan e seus aliados ofereçam total apoio às forças ucranianas pelo tempo necessário
Em declarações à imprensa antes de um encontro com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, o presidente da França, Emmanuel Macron, destacou que o apoio ao país invadido pela Rússia continua sendo uma “prioridade absoluta”.
Ele também expressou preocupação com o recente envio de tropas norte-coreanas para a linha de frente, descrevendo tal movimentação como “uma escalada séria do conflito”. O presidente francês afirmou que continuará defendendo que a Otan e seus aliados ofereçam total apoio às forças ucranianas pelo tempo necessário. Para ele, esta é a única via para negociações efetivas.
Macron reconheceu que, durante muito tempo, a Europa evitou assumir integralmente a responsabilidade por sua própria segurança. Contudo, destacou que esse não foi o caso da França. O presidente ressaltou a importância de construir um “pilar europeu” dentro da segurança transatlântica.
1000 dias de resistência ucraniana contra a invasão russa
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deverá realizar um discurso ao Parlamento Europeu a partir de Kiev em uma sessão especial marcada para meados de novembro. O evento, que ocorrerá em Bruxelas, tem como objetivo celebrar a resiliência e a coragem do povo ucraniano após mil dias desde o início da invasão russa, conforme anunciado pela presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.
Em um contexto de crescente tensão e desafios internacionais, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, instou as nações ocidentais a intensificarem seus esforços além do mero apoio bélico à Ucrânia. Esta declaração surge em meio à preocupação com a possível redução do suporte americano a Kiev após a reeleição de Donald Trump.
Durante um encontro com o presidente francês Emmanuel Macron, Rutte destacou a importância de manter a força da aliança transatlântica, especialmente à medida que a Ucrânia se prepara para enfrentar mais um rigoroso inverno.
Por sua vez, Kaja Kallas, futura chefe da diplomacia europeia, reforçou a necessidade contínua de apoio da União Europeia à Ucrânia pelo tempo que for necessário.
Em seu pronunciamento aos eurodeputados em Bruxelas, Kallas enfatizou o compromisso diário da UE em fornecer assistência militar, financeira e humanitária ao país. Indicada para suceder Josep Borrell, ela também alertou sobre as ameaças geopolíticas emergentes e manifestou intenção de cooperar estreitamente com os Estados Unidos em futuras políticas conjuntas.
Antony Blinken
Simultaneamente, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, realizará uma visita emergencial a Bruxelas. O objetivo é acelerar as discussões sobre o auxílio à Ucrânia antes da posse do novo presidente americano. A viagem ocorre em meio a ataques recentes por drones na Ucrânia e tensões na fronteira russo-norueguesa com tropas norte-coreanas se acumulando.
O cenário é agravado por tragédias como o ataque com mísseis russos na cidade natal de Zelensky, Kryvy Rig, que resultou na morte de uma mulher e seus três filhos pequenos. Este incidente trouxe à tona memórias dolorosas de eventos similares ocorridos em outras regiões da Ucrânia e gerou uma onda de solidariedade nacional.
Com esses desenvolvimentos, a comunidade internacional continua vigilante quanto aos desdobramentos políticos e humanitários na região, enquanto busca soluções diplomáticas para mitigar os impactos do prolongado conflito.
Leia também: “Tropas norte-coreanas na Europa marcam ponto de virada”
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Comentários (1)
Marcelo Augusto Monteiro Ferraz
12.11.2024 13:54Força, Ucrânia! Viva a Ucrânia, o Ocidente, a democracia, a liberdade e a paz! 🇺🇦