Bruno, Ex-goleiro, vai receber indenização por publicação de livro
A decisão judicial surge em resposta a um processo movido pelo ex-atleta do Flamengo contra a editora, decorrente da publicação do caso Eliza Samudio.
Em um desdobramento recente no caso do ex-goleiro Bruno Fernandes, uma decisão judicial pesou a favor do ex-atleta do Flamengo, quando foi determinado que a editora Record deve pagar R$ 30 mil por danos morais referentes ao uso não autorizado de sua imagem.
Lançado em 2014, o livro intitulado “Indefensável – O goleiro Bruno e a História da morte de Eliza Samudio” capturou a atenção pública ao revisitar os eventos de 2010, quando a ex-modelo Eliza Samudio desapareceu sob circunstâncias trágicas.
A decisão judicial, que ainda pode ser objeto de recurso, surge em resposta a um processo movido por Bruno contra a editora, decorrente da publicação do livro.
Apesar de a editora ter utilizado a imagem de Bruno na obra, a justiça entendeu que não houve autorização suficiente por parte do ex-goleiro, considerando inadequada a obtenção de permissão apenas do fotógrafo.
Processo judicial movido pelo ex-goleiro Bruno
O processo tramitou no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e resultou numa multa que, embora significativa, ficou aquém da expectativa inicial de Bruno, que almejava uma indenização na casa de R$ 1 milhão.
O juiz Luiz Cláudio Silva Jardim Marinho determinou que apenas o pagamento deveria ser realizado, sem exigir a retirada do livro de circulação.
Impacto do caso na mídia
Além do livro, a história ganhou uma nova dimensão com um documentário da Netflix, lançado em 2023 e intitulado “A Vítima Invisível”.
O documentário trouxe à tona novas informações sobre o caso, incluindo trocas de mensagens de Eliza Samudio, enfatizando as complexidades e nuances da relação conturbada entre ela e Bruno.
Situação atual do goleiro Bruno
Após cumprir parte de sua pena, Bruno Fernandes encontra-se em liberdade condicional desde 2023.
Ele se reinventou profissionalmente na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, onde trabalha como entregador de móveis e também é sócio de uma loja de açaí.
O ex-goleiro continua ligado ao futebol, participando de campeonatos amadores na região, tentando reconstruir sua vida longe dos holofotes.
Legado de Eliza Samudio
O caso de Eliza Samudio ainda ressoa fortemente na memória coletiva brasileira, não apenas por sua tragédia inegável, mas também pela maneira como expõe questões sobre violência de gênero e direitos à privacidade.
A contínua exploração do caso, seja em publicações ou documentários, mantém vivo o debate sobre a legalidade do uso de imagens em obras vinculadas a crimes de alta visibilidade, ressaltando a importância de um arcabouço legal que proteja a dignidade das partes envolvidas.
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