A psoríase é uma condição de pele que se manifesta através de feridas de coloração avermelhada que, frequentemente, descamam e provocam coceira. Embora a identificação visual dos sintomas pareça simples, um estudo recente revelou que os pacientes podem demorar até cinco anos para receber o diagnóstico correto. Esta demora se deve, em parte, à confusão dos sintomas com alergias comuns e à automedicação sem consulta médica.

O levantamento, realizado pela Ipsos e encomendado pela farmacêutica Bristol Myers Squibb, apontou que apenas cerca de 1% dos pacientes obtêm o diagnóstico em menos de um ano. Esta pesquisa destacou a importância de conscientização sobre a psoríase, especialmente considerando que em muitos casos as lesões podem inicialmente restringir-se a uma área pequena do corpo e não serem associadas imediatamente à doença.

O que é a psoríase e quais são seus sintomas?

A psoríase é uma doença autoimune, não contagiosa, comumente diagnosticada entre 20 e 35 anos, embora possa manifestar-se em qualquer idade. A principal característica da psoríase é a presença de placas eritematosas – feridas vermelhas que descamam, liberando pele esbranquiçada ou prateada. Estas lesões são muitas vezes comparadas a “escamas de peixe”.

Além da manifestação cutânea, um terço dos pacientes apresenta inflamação nas articulações, conhecida como artrite psoriática. Formas mais raras da doença incluem a psoríase pustulosa, com presença de pus, e a psoríase eritrodérmica, afetando 90% do corpo de uma vez.

Quais fatores contribuem para o desenvolvimento da psoríase?

Embora a origem exata da psoríase não seja completamente compreendida, fatores genéticos desempenham um papel significativo. A manifestação da doença pode ser desencadeada por diversas razões, como infecções na garganta, clima frio, uso de certos medicamentos e episódios de estresse intenso.

• Estresse e ansiedade constantemente são citados como fatores que agravam os sintomas.
• Histórico familiar é um fator determinante na predisposição à doença.
• Fatores ambientais e de estilo de vida também podem influenciar sua ocorrência.

Impacto psicológico e áreas afetadas

A psoríase não afeta apenas fisicamente os pacientes, mas também tem um importante impacto no bem-estar emocional e social. A pesquisa revelou que grande parte dos entrevistados sofre de ansiedade, estresse e depressão. Este impacto psicológico gera um ciclo vicioso, onde o estresse aumenta a gravidade das feridas, e o desconforto social intensifica o estresse.

Cerca de 70% dos pacientes relataram sintomas como coceira e dor, e mais de metade mencionou sofrer de pele seca que pode rachar ou sangrar. Sete em cada dez participantes têm entre quatro a dez palmos da superfície corporal afetada pela doença.

Como é feito o tratamento da psoríase?

Até o momento, a psoríase não possui cura conhecida. Entretanto, tratamentos estão disponíveis para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil oferece opções de tratamento que ajudam a controlar a quantidade e a aparência das lesões. Apesar de as erupções poderem desaparecer, há sempre a possibilidade de recorrência dos sintomas.

De forma geral, o tratamento da psoríase envolve medicação tópica, terapia sistêmica e fototerapia. A colaboração com dermatologistas é essencial para adaptar o tratamento às necessidades individuais dos pacientes. A conscientização e o acompanhamento médico são fundamentais para a gestão eficaz da doença.