Reunião do governo Lula sobre corte de gastos termina sem anúncios
Novo encontro deve ocorrer, nesta terça-feira, 5, para definição de temas importantes do pacote de contenção de gastos
Terminou sem definição o encontro da equipe econômica do governo Lula (PT), nesta segunda-feira, 4, no Palácio do Planalto, para definir a data de anúncio do pacote de contenção de gastos. Realizada em meio à crise da alta do dólar, a reunião durou mais de três horas e ainda terá novos episódios.
O Ministério da Fazenda garantiu que, na terça-feira, 5, haverá mais uma rodada de conversas:
“Na reunião desta segunda-feira, 4, o quadro fiscal do país foi apresentado e compreendido, assim como as propostas em discussão. Nesta terça, 5, outros ministérios serão chamados pela Casa Civil para que também possam opinar e contribuir no âmbito das mesmas informações.”
Estiveram presentes no encontro o chefe da Casa Civil, Rui Costa, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e a ministra da Gestão e Inovação em Serviço Público, Esther Dweck.
Os ministros Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego, Nísia Trindade, da Saúde, e Camilo Santana, da Educação, foram chamados para entenderem como as pastas as quais comandam podem ser afetadas com a adoção do corte de gastos.
Haddad cancelou ida à Europa
Após cancelar viagem à Europa, Haddad se reuniu no Palácio do Planalto com Lula e ministros para “tratar de temas domésticos“. Ele prometeu o anúncio do pacote de gastos ainda nesta semana:
Minha ida [à Europa] estava dependendo dessa definição, se esta semana ou semana que vem seriam feitos os anúncios. Como o presidente [Lula] pediu para eu ficar e como as coisas estão muito adiantadas do ponto de vista técnico, acredito que estejamos prontos esta semana para anunciar [o pacote]”, disse Haddad.
O chefe do ministério da Fazenda estava sendo pressionado por parlamentares, entre eles o vice-líder da oposição na Câmara, Marcel Van Hattem (NOVO). Ele afirmou à CNN Brasil que “o governo, infelizmente, está cumprindo a cartilha do PT: gasto sem responsabilidade e desrespeito com qualquer tipo de trava. Não cumprem nem o próprio arcabouço fiscal que criaram, muito mais frágil do que o teto de gastos anteriormente vigente.”
Na sexta-feira, 1º, o dólar fechou em alta recorde de R$ 5,86, o maior nível desde maio de 2020.
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