Milei continua expurgo na chancelaria após voto a favor de Cuba
“Todas aquelas pessoas que estiveram envolvidas nessa decisão... estou aqui para expulsar todos eles. Eles são traidores do país”, disse o presidente argentino em um programa de entrevista
Após prestar juramento de posse do novo chanceler Gerardo Werthein, o presidente argentino Javier Milei participou, nesta segunda-feira, 4 de novembro, do programa apresentado por Amalia “Yuyito” González.
Nos primeiros minutos, o Presidente referiu-se à expulsão da sua ex-Ministra dos Negócios Estrangeiros, Diana Mondino, após ela votar contra o embargo a Cuba na ONU. “O erro imperdoável da chanceler Mondino custou-lhe o emprego após 30 minutos”, disse ele.
Na semana passada, o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, tinha dito que os funcionários que não se alinhassem com a posição do libertário na política internacional eram livres de deixar o Governo. Porém, nesta segunda-feira, 4 de novembro, Milei foi mais direto: tratou-os como traidores do país e disse que os despediria.
O Presidente referiu-se ao expurgo que ordenou na chancelaria nos seguintes termos: “Todas aquelas pessoas que estiveram envolvidas nessa decisão… estou aqui para expulsar todos eles. Eles são traidores do país”, observou e continuou: “Estamos analisando o formato legal para expulsá-los. E continuou:
“Se há uma coisa que está clara é como conduzi a campanha. Quando vocês iam aos eventos havia bandeiras de Israel, e eu sempre mantive meu alinhamento com os Estados Unidos e Israel: não se pode ir a uma votação em que todos os países estão de um lado, essa é a agenda woke dentro do pacto de 2045 que quer avanço nas liberdades individuais e onde um grupo de imbecis fatalmente arrogantes acredita que pode gerir as suas vidas. […] A política externa é definida pelo presidente. Você não pode votar em algo porque ´isso lhe parece´”
Parada Gay em Buenos Aires, com protestos contra Milei
Milhares de pessoas participaram no sábado, 2 de novembro, em Buenos Aires, da Marcha do Orgulho anual organizada pela comunidade LGBT da Argentina, com shows, desfile de carros alegóricos e protestos contra as medidas de ajuste fiscal do presidente Javier Milei.
“Vamos marchar como uma resposta política, com uma proposta política e como um grande exercício e urgência de visibilidade. Existimos, resistimos, estamos e estaremos”, declarou o ativista LGBT Lucas Gutiérrez.
No seu primeiro ano de governo, Milei dissolveu órgãos como o Ministério das Mulheres, Gêneros e Diversidade e reduziu fundos em políticas públicas de saúde como parte de seu plano “motosserra” para alcançar o superávit fiscal.
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