Israel formaliza o cancelamento do acordo com a UNRWA
“A UNRWA, a organização cujos funcionários participaram no massacre de 7 de Outubro e muitos dos quais são membros do Hamas, é parte do problema na Faixa de Gaza e não da solução", reiterou o Ministro das Relações Exteriores Israel Katz
Israel informou oficialmente a ONU na segunda-feira, 4 de novembro, do cancelamento do acordo com a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), votado pelo Parlamento israelense, segundo um comunicado de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
“Seguindo instruções do Ministro das Relações Exteriores Israel Katz, o Ministério das Relações Exteriores notificou a ONU do cancelamento do acordo entre o Estado de Israel e a UNRWA”, acrescentou o comunicado.
O Parlamento israelense aprovou há uma semana, por esmagadora maioria, uma lei que proíbe as atividades em Israel da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA).
Israel, há muito crítico da agência, acusou funcionários da UNRWA de terem participado no massacre perpetrado no seu território pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.
“A UNRWA, a organização cujos funcionários participaram no massacre de 7 de Outubro e muitos dos quais são membros do Hamas, é parte do problema na Faixa de Gaza e não da solução. A ONU recebeu inúmeras provas de agentes do Hamas empregados pela UNRWA e da utilização das suas instalações para fins terroristas, mas nada foi feito a respeito”, afirmou o ministério.
Depois de o parlamento israelense ter aprovado a lei que proíbe as atividades da UNRWA no seu território, Jonathan Fowler, porta-voz da organização, declarou: “se esta lei for implementada, corre o risco de provocar violência” no colapso da operação humanitária internacional na Faixa de Gaza. uma operação da qual a UNRWA é a espinha dorsal.”
O comunicado de Israel Katz, porém, afirma que “a grande maioria da ajuda humanitária em Gaza é entregue por outras organizações e apenas 13% desta ajuda vem da UNRWA”
“O Estado de Israel está comprometido com o direito internacional e continuará a facilitar a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza de uma forma que não prejudique a segurança dos cidadãos israelitas”, continua a declaração.
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