Marinho denuncia Lula por gravação eleitoral na Granja do Torto
Pedido de investigação se baseia em acusações de abuso de poder político e uso de recursos públicos em prol de candidatos alinhados ao governo
O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição na Casa Alta acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) e pediu investigação sobre suposto uso da Granja do Torto para a gravação de propagandas eleitorais em benefício de candidatos apoiados pelo presidente Lula nas eleições municipais de 2024.
O pedido se baseia em acusações de abuso de poder político e uso de recursos públicos em prol de candidatos alinhados ao governo.
Marinho sustenta que o presidente utilizou estruturas e meios da administração pública para produzir materiais de campanha em apoio a postulantes aliados no segundo turno das eleições. Entre os favorecidos estaria o deputado federal Guilherme Boulos, candidato à prefeitura de São Paulo, que foi derrotado pelo atual prefeito, Ricardo Nunes, do MDB. Ao lado de Boulos, Lula fez gravação em Brasília pedindo que seu candidato não respondesse, durante a campanha, provocações sobre alianças diplomáticas entre Brasil e Venezuela.
De acordo com Marinho, Lula teria gravado apoio a Boulos e a outros 15 candidatos com a estrutura da Granja do Torto, residência oficial da Presidência, um local público. Marinho destaca que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já havia proibido o ex-presidente Jair Bolsonaro de realizar transmissões ao vivo no Palácio do Alvorada e no Planalto para fins eleitorais, argumento que ele considera relevante para estender a restrição ao atual presidente.
O próximo passo será o sorteio de um relator no TCU, que conduzirá a análise inicial antes de submeter a representação ao plenário, onde será discutida sua viabilidade.
“Lula usou a máquina pública para gravar propaganda eleitoral para aliados, enquanto o presidente Jair Bolsonaro foi proibido, em 2022, de fazer lives oficiais durante a campanha. Pedimos ao TCU, portanto, que investigue essa clara manipulação de recursos do Estado. Precisamos proteger a democracia de práticas que subvertem a igualdade, a coerência e a lei”, declarou o líder da oposição em publicação nas redes sociais.
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