CCJ ou Esplanada: Qual será o prêmio de consolação de Elmar ?
Derrotado nas prévias ao comando da Câmara dos Deputados, líder do União Brasil busca novo espaço no tabuleiro político
Após o fracasso em consolidar candidatura para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara, Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil, passa agora a negociar seus próximos passos com as lideranças da Casa. Seu partido, buscando preservar influência, optou por não enfrentar o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), que conta com o aval de Lira e o apoio das principais legendas do Legislativo.
Um dos argumentos que teriam sido utilizados pelos membros do partido para tirar Elmar do páreo, foi justamente a ascensão do líder a um novo espaço de relevância em Brasília a ser construído nos próximos dias. Uma das alternativas cogitadas pelo União Brasil é o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável por pautas que influenciam as decisões legislativas mais relevantes.
Outra possibilidade é uma alteração na composição ministerial do governo Lula, com impacto sobre os ministérios atribuídos ao União Brasil. Elmar já demonstrou interesse em um cargo importante, como o Ministério da Integração Nacional, atualmente chefiado por Waldez Goes, que, contudo, é uma escolha apadrinhada pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), tornando a troca mais complexa.
Embora o futuro de Elmar em um ministério ainda não esteja confirmado, membros do governo reconhecem frequentes acenos positivos ao Brasil e ao governo, a exemplo de sua atuação nas campanhas municipais ao lado de candidatos petistas e o aumento de diálogo com ministros de Lula.
Apesar dessas aproximações, Elmar afirma que não há uma ligação direta entre sua posição na Câmara e qualquer eventual participação ministerial.
Perdi meu melhor amigo
Como mostramos, a decepção de Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil, com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), já não se disfarça nos gestos, muito menos no discurso.
Durante declaração à imprensa nesta quinta-feira, 31, o parlamentar destacou o rompimento da amizade com o alagoano no contexto das alianças firmadas para a corrida pelo comando da Câmara. A eleição só ocorre no início de 2025, mas o jogo já parece definido.
“Já cheguei muito mais longe do que achava que poderia chegar. Nesse processo eu já comecei perdendo, perdi um amigo que eu considerava meu melhor amigo, o presidente Arthur Lira”, disse Elmar.
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