IA domina código no Google e eleva lucro a US$ 88 bilhões
Aumento na automação de código com inteligência artificial contribuiu para alta de 6% nas ações da Alphabet
A Alphabet, controladora do Google, revelou nesta semana um avanço estratégico que pode remodelar o setor de tecnologia: mais de 25% do novo código da empresa é gerado atualmente por inteligência artificial, segundo o CEO Sundar Pichai.
Durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre de 2024, Pichai destacou que essa inovação visa acelerar o processo de desenvolvimento e abrir espaço para que engenheiros se concentrem em tarefas mais complexas e inovadoras, sem comprometer a qualidade.
Para isso, o Google desenvolveu um modelo de IA próprio, o “Goose”, treinado com os 25 anos de experiência acumulada pela equipe de engenharia da empresa. Apesar do uso crescente da IA na programação, cada linha de código gerada passa por uma revisão minuciosa de engenheiros, assegurando a manutenção dos altos padrões da companhia.
A integração da IA na codificação impulsionou não apenas a eficiência operacional, mas também os resultados financeiros da Alphabet. No último trimestre, a receita da gigante de tecnologia alcançou US$ 88,3 bilhões, superando as expectativas do mercado.
O Google Cloud foi um dos principais responsáveis pelo crescimento, registrando uma receita de US$ 11,4 bilhões, representando um aumento de 35% em relação ao mesmo período do ano anterior. O YouTube também apresentou resultados sólidos, com receita anual ultrapassando US$ 50 bilhões, impulsionada por anúncios e assinaturas, enquanto os serviços de pesquisa do Google geraram US$ 76,5 bilhões, um avanço de 13%.
A reação do mercado foi imediata. As ações da Alphabet subiram cerca de 6% nas negociações após o expediente, refletindo a confiança dos investidores na estratégia da empresa para alavancar a IA em diferentes frentes de negócio.
Pichai enfatizou que a adoção de IA na automação de processos não só aumenta a produtividade interna, como também garante a sustentabilidade da empresa em um ambiente cada vez mais competitivo. Essa guinada em direção à IA foi vista como uma resposta direta à “fadiga da IA” observada entre investidores no trimestre anterior, quando se questionava a viabilidade de manter a tecnologia como carro-chefe de crescimento a longo prazo.
O resultado positivo reforça a estratégia da Alphabet de integrar IA em produtos chave, como Google Cloud e YouTube, para aumentar a rentabilidade e a eficiência. Com o novo modelo “Goose” e a revisão de especialistas humanos, o Google posiciona-se à frente da concorrência no uso ético e eficiente da IA para inovação e desenvolvimento, estabelecendo um novo padrão de como a inteligência artificial pode transformar as operações internas em grande escala.
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