De Toni sobre PL da Anistia: “Fui comunicada ontem à noite”
Após presidente da Câmara atrasar deliberação com comissão especial, deputada bolsonarista avisa: "Não descansaremos enquanto não for aprovada"
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, Caroline de Toni (PL-SC), se posicionou sobre a mudança de curso do projeto de lei da anistia aos presos do 8/1. Em nota, De Toni disse que só soube na noite desta terça-feira, 29, sobre o acordo que culminou na criação de uma Comissão Especial pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para tratar do tema.
“A Anistia é uma prioridade para mim e para tantos brasileiros que anseiam a liberdade e a justiça e continuo tendo a convicção que será aprovada. Fui comunicada ontem à noite, pelo presidente Arthur Lira de que ele criaria uma comissão especial para tratar do tema”, disse.
De Toni afirmou que a articulação da oposição para votar o projeto na Comissão mais importante da Câmara “não foi em vão”. “O meu desejo é que seja aprovada o mais rápido possível no Plenário da Câmara. Todo o nosso esforço não foi em vão; nossa mobilização nos trouxe até aqui e não descansaremos enquanto não for aprovada. É urgente que façamos a verdadeira justiça e continuaremos firmes na nossa missão”.
Bastidores
Os bastidores da Câmara dos Deputados dão conta de que a criação de uma comissão especial para tratar do assunto é um aceno duplo de Lira, que atinge o Partido dos Trabalhadores (PT), contrário a proposta, mas também ao Partido Liberal (PL), que agora vai apostar no apoio do ‘centro’ para avançar com a matéria, sob nova relatoria.
Antes de se reunir com Arthur Lira na noite desta segunda-feira,28, Valdemar afirmou que só apoiará na corrida pelas presidências da Câmara e do Senado candidatos comprometidos com a anistia aos presos do 8/1 e com a inclusão de Bolsonaro entre os beneficiados.
Como mostramos, Lira decidiu criar uma comissão especial para discutir o projeto de lei em questão e afirmou que a proposta não pode ser alvo de disputa política. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 29, em pronunciamento. “Assim também deve ser com a chamada Lei da Anistia. O tema deve ser devidamente debatido pela Casa. Mas não pode jamais, pela sua complexidade, se converter em indevido elemento de disputa política, especialmente no contexto das eleições futuras para a Mesa Diretora da Câmara”, declarou Arthur Lira.
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