Boulos rebate Tarcísio e acusa Nunes de “botar PCC” na Prefeitura
Mais cedo, o governador de São Paulo afirmou que facção criminosa orientou voto "no outro candidato", se referindo ao psolista
O deputado Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de São Paulo, rebateu neste domingo, 27, a declaração do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de que membros do PCC teriam orientado familiares e aliados a votarem no psolista.
“Que vergonha, né”, disse Boulos ao acompanhar a votação de sua avó na Avenida Paulista. “Nada mais a dizer. É o candidato que ele apoia que botou o PCC na Prefeitura de São Paulo”.
Em nota divulgada por sua assessoria, Boulos afirmou que Tarcísio responderá na Justiça.
“É criminosa a atitude do governador Tarcísio de Freitas de criar uma grave fake news em pleno domingo de eleições. Tarcísio é cabo eleitoral de Nunes, faz tal declaração ao lado do prefeito em claro gesto de campanha. Usa a máquina pública de maneira vergonhosa e irresponsável. Isso fere todos os preceitos democráticos.”
Mais cedo, como mostramos, Tarcísio afirmou que a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo interceptou comunicados assinados por membros do PCC orientando votos a familiares e aliados em algumas cidades paulistas.
“A gente vem alertando isso há muito tempo. Nós fizemos um trabalho grande de inteligência, temos trocado informações com o Tribunal Regional Eleitoral para que providências sejam tomadas”, afirmou.
O governador disse que circulou um comunicado nos presídios, conhecido como “salve”, indicando votos “no outro candidato” da capital.
Boulos acusa Nunes
No debate transmitido pela Band em 14 de outubro, Boulos acusou o prefeito de São Paulo de ter nomeado Eduardo Olivatto, ex-cunhado de Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), para um cargo na Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras. A acusação elevou a tensão entre os candidatos
“Por que você nomeou o ex-cunhado do Marcola para a chefia do seu gabinete de obras?”, questionou Boulos, em tom provocativo.
Nunes respondeu que nunca foi investigado ou condenado por qualquer crime, diferentemente de Boulos, que, segundo ele, “já foi preso”.
“Você não vai me intimidar, eu vim da periferia e não tenho medo de nada”, afirmou o prefeito.
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