Moscou vota para aumentar os gastos militares em quase 30%
Nos últimos anos, a Rússia já aumentou os seus gastos militares para o nível mais elevado desde o fim da União Soviética, a fim de aumentar a produção de foguetes, mísseis de cruzeiro e drones e aumentar os salários das unidades de combate
Câmara dos Representantes russa aprovou o aumento planejado do Kremlin nos gastos com defesa em quase 30% em primeira leitura. Na quinta-feira, 314 parlamentares votaram a favor do projeto orçamentário correspondente, 78 se abstiveram e um votou contra. As leituras posteriores são consideradas mera formalidade.
De acordo com o projeto de orçamento para 2025, as despesas registradas oficialmente no setor da defesa deverão aumentar cerca de 30 por cento, para 13,5 biliões de rublos (o equivalente a cerca de 129,4 mil milhões de euros).
Outras despesas no domínio da segurança interna, bem como rubricas orçamentais classificadas como ultrassecretas, também estão previstas para a operação militar na Ucrânia. No geral, as áreas de defesa e segurança interna representam cerca de 40% de todo o orçamento do Estado russo planejado para 2025, totalizando 41,5 bilhões de rublos.
Após a aprovação final pela Duma, o projeto de orçamento ainda precisa de ser adotado pela câmara alta do parlamento e finalmente sancionado pelo Presidente Vladimir Putin.
Nos últimos anos, a Rússia já aumentou os seus gastos militares para o nível mais elevado desde o fim da União Soviética, a fim de aumentar a produção de foguetes, mísseis de cruzeiro e drones e aumentar os salários das unidades de combate. Só em 2024, os gastos aumentaram 70% em comparação com o ano anterior.
Desde 2022, o Estado russo tem impulsionado a transição para uma economia de guerra, através do rápido desenvolvimento de novas fábricas de defesa com centenas de milhares de funcionários adicionais.
Brics na Rússia: Guterres pede “paz justa” na Ucrânia
O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou a uma “paz justa” na Ucrânia na cimeira dos chamados estados Brics em Kazan, na Rússia. O que é necessário é “uma paz justa, de acordo com a Carta da ONU, o direito internacional e as resoluções da Assembleia Geral da ONU”, disse Guterres na quinta-feira, 24 de outubro, na cimeira de nove países emergentes organizada pelo ditador russo, Vladimir Putin.
O Secretário-Geral da ONU também apelou a um cessar-fogo “imediato” na Faixa de Gaza e no Líbano. “Precisamos de paz em todos os lugares”, disse Guterres, referindo-se também à situação no Sudão. Inicialmente não houve nenhuma declaração da anfitriã Rússia. A Guerra da Ucrânia começou com a invasão de soldados russos em fevereiro de 2022.
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