‘Duvido que se queimaria por causa de contrato’, diz Castro sobre Dr. Luizinho
Governador sai em defesa de ex-secretário de saúde, acusado de influenciar na contratação de laboratório
Em meio ao escândalo de seis pacientes transplantados com órgãos positivos para HIV, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), saiu em defesa do deputado federal Dr. Luizinho (PP), nesta quarta, 23, em função das acusações contra do ex-secretário de saúde por ser ligado aos sócios do laboratório PCS Saleme, responsável pela emissão dos laudos.
Castro afirmou que Dr. Luizinho ‘não se queimaria por conta de um contrato de um laboratório’:
“Duvido muito que o Doutor Luizinho precise disso. Tem a clínica dele, a esposa tem a clínica dela. Ele é deputado federal. Uma pessoa extremamente consolidada, um cara que está preparado para voos maiores na política. Duvido que se queimaria por causa de um contrato de um laboratório. Eu confio muito no Doutor Luizinho e não enxergo ele precisando disso. Se quisesse fazer isso, , ele continuaria secretário”, disse o governador durante cerimônia no Palácio Guanabara.
Proximidade com o parlamentar
Dois sócios do PCS Lab Saleme são parentes de Dr.Luizinho. O parlamentar é primo do sócio Matheus Sales Teixeira Vieira e ‘sobrinho de consideração’ de Walter Vieira, o outro sócio.
Dr.Luizinho comandou a pasta no período de janeiro a setembro de 2023, enquanto o contrato com o PCS Saleme foi assinado em dezembro do mesmo ano, logo após sua saída. O processo de contratação, porém, durou mais de três anos, passando pelo período em que o parlamentar comandava a pasta. Ele nega todas as acusações.
Diretoria da Fundação Saúde é trocada
Castro nomeou nesta terça-feira, 22, o médico Marcus Vinicius Dias como novo presidente da Fundação Saúde, a empresa pública responsável por assinar o contrato com o laboratório PCS Lab Saleme, após toda a diretoria pedir demissão na segunda-feira, 21, em meio ao escândalo de seis pacientes transplantados receberem órgãos positivos para HIV.
O ex-diretor executivo da Fundação Saúde, João Ricardo da Silva Pilotto, que firmou contrato milionário com o laboratório no ano passado, encabeçou a lista das saídas. Além dele, os cargos de diretoria administrativa e financeira, recursos humanos, planejamento e gestão, técnico-assistencial e diretoria jurídica foram entregues a Castro, que confirmou as exonerações.
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