Represas que abastecem SP operam com média de menos de 50% da capacidade
Estiagem em outubro afeta funcionamento
Os sete reservatórios de água que abastecem as cidades da Grande São Paulo estão operando com média de 44,5%, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O cenário se dá em função da estiagem no mês de outubro, que significa uma redução ou atraso de chuvas previstas para um determinado período.
Apesar do forte temporal que atingiu a região na sexta-feira, 11, e deixou três milhões de pessoas sem energia elétrica, a chuva registrada no mês não alcançou a médica histórica. A Sabesp, porém, diz que os níveis atuais são maiores do que a crise de 2021 e, portanto, não há desabastecimento.
Na Represa Guarapiranga, que opera com 37% da capacidade, a água recuou em quase 2/3 no período dos últimos seis meses. Já o reservatório da Represa Rio Grande, o maior nível entre os sete, registra 60,5% neste mês de outubro.
O Antagonista reproduz o nível atual das represas que abastecem a Grande SP:
Rio Claro: 23,8%
Cotia: 33,9%
Guarapiranga: 37%
Alto Tietê: 42%
São Lourenço: 45,6%
Cantareira: 46,4%
Rio Grande: 60,5%
Nunes elogia privatização da Sabesp
Em sabatina à Jovem Pan nesta segunda-feira, 21, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), elogiou a maneira como o governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), privatizou a Sabesp. A capital é a principal cliente da empresa de distribuição de água e tratamento de esgoto.
“Ele tem conhecimento dessa área impressionante”, afirmou.
Nunes prometeu ainda que estão previstos investimentos de R$ 68 bilhões no Estado na área de saneamento, sendo R$ 28 bilhões destinados à capital. O candidato à reeleição ressaltou sobre a necessidade de ampliação da coleta e do tratamento de esgoto para a cidade toda até 2029.
A privatização da Sabesp foi aprovada na Câmara Municipal de São Paulo, em março deste ano, em sessão marcada por protestos e confusão. O Projeto de Lei, sancionado posteriormente por Nunes, recebeu 37 votos favoráveis contra 17 contrários. No texto, a Sabesp terá que antecipar R$ 1,3 bilhão a um fundo municipal de saneamento, urbanização de favelas e habitação, além de os investimentos da companhia subirem de 13% a 20% até 2029.
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