Netanyahu reforça a Trump autonomia de Israel
Primeiro-ministro israelense confirma ter conversado por telefone com candidato republicano à presidência dos EUA
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conversou por telefone com o ex-presidente dos EUA e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump.
Segundo o gabinete do premiê, Netanyahu reiterou que os interesses de Israel estão acima dos alertas dos Estados Unidos.
As declarações foram feitas depois de Trump afirmar na noite de sábado, 19, durante ato de campanha, que o primeiro-ministro israelense já não estava mais dando ouvido às advertências do presidente Joe Biden.
“Bibi [Netanyahy] me ligou hoje e disse: ‘É incrível. O que aconteceu, eles disseram que é bem incrível.’ Mas ele não quis ouvir Biden, porque se o fizesse, eles não estariam nessa posição”, disse o republicano.
Sobre a declaração de Trump, o gabinete de Netanyahu divulgou a seguinte nota:
“Em sua conversa com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, o primeiro-ministro Netanyahu reiterou o que também disse publicamente: Israel leva em consideração as questões levantadas pelo governo dos EUA, mas, no final, tomará suas decisões com base em seus interesses nacionais.”
“Netanyahu está fazendo um bom trabalho”
Donald Trump afirmou na sexta-feira, 18, que planejava conversar com Benjamin Netanyahu e elogiou o primeiro-ministro israelense por fazer um bom trabalho ao eliminar o líder máximo do Hamas, Yahya Sinwar.
Questionado sobre o que falaria com Netanyahu, o ex-presidente dos EUA respondeu:
“Bem, olha, ele está fazendo um bom trabalho. Biden está tentando segurá-lo. Só pra você entender: Biden é muito superior à vice-presidente [Kamala Harris]. Ele está tentando segurá-lo. E ele, provavelmente, devia estar fazendo o oposto, na verdade. Fico feliz que ‘Bibi’ decidiu fazer o que devia. Mas… é… está indo muito bem.”
A morte de Sinwar
Eliminado na quarta-feira, 16, durante uma patrulha de rotina das Forças de Defesa de Israel no sul da Faixa de Gaza, o líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto depois que o prédio em que estava desabou sobre ele.
O líder terrorista estava foragido desde o massacre de 7 de outubro de 2023, que deixou mais de 1.200 mortos em Israel e sequestrou 250 pessoas.
Apesar do impacto da morte de Sinwar, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva contra o Hamas continuará.
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