Morte de Sinwar surpreendeu tropas israelenses
Yahya Sinwar, líder do Hamas, foi morto durante patrulha militar inesperada no sul de Gaza, sem a presença de reféns
Novos detalhes sobre a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas, indicam que sua captura ocorreu de forma totalmente inesperada.
Embora Sinwar fosse o principal alvo de Israel desde o início da guerra em Gaza, os soldados que o mataram não esperavam encontrá-lo durante uma patrulha de rotina no sul da Faixa de Gaza. O incidente, que ocorreu na última quarta, 16, representou uma reviravolta significativa na operação israelense, até então focada em encontrar o líder em túneis subterrâneos.
Segundo relatos das Forças de Defesa de Israel, a operação começou como uma ação padrão de patrulha em Gaza, quando os soldados se envolveram em um confronto com terroristas palestinos. Apoiados por drones, as tropas israelenses destruíram parte de um edifício usado como esconderijo.
Após o tiroteio, ao vasculharem os destroços, os militares encontraram um corpo com características semelhantes às de Yahya Sinwar. Autoridades israelenses confirmaram sua identidade por meio de impressões digitais, registros dentários e, posteriormente, testes de DNA.
Sinwar estava foragido desde o massacre de 7 de outubro de 2023, que deixou mais de 1.200 mortos em Israel e sequestrou 250 pessoas. Muitos acreditavam que ele estaria escondido em túneis, possivelmente acompanhado de reféns, mas ele foi morto acima do solo e sem indícios de reféns nas proximidades.
Apesar do impacto da morte de Sinwar, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva contra o Hamas continuará. “Hoje, o mal sofreu um duro golpe, mas a missão ainda não está concluída”, disse ele, reiterando que a prioridade de Israel é a libertação dos reféns em Gaza. Cerca de 101 reféns ainda estão nas mãos do Hamas, e pelo menos um terço deles são dados como mortos.
A morte de Sinwar marca o maior golpe contra a liderança do Hamas desde o início da guerra, e ocorre três semanas após Israel ter eliminado o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um ataque aéreo no Líbano. Enquanto alguns esperam que sua morte leve a um fim da ofensiva, Netanyahu deixou claro que o objetivo de destruir o Hamas como força militar e política permanece firme.
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