Criminosos sequestram ônibus pelo segundo dia consecutivo no Rio
Já são 14 linhas de ônibus interceptadas nas regiões Norte e Oeste da capital
Pelo segundo dia consecutivo, criminosos sequestraram ônibus no Rio de Janeiro. Nesta quinta-feira, 17, bandidos interceptaram 5 veículos nas Zona Norte e Oeste da cidade para usarem como barricada e dificultar o acesso de policiais militares. Na quarta-feira, 16, criminosos sequestraram 9 ônibus na Estrada do Itanhangá, na Zona Norte da cidade. Já são 14 o número de linhas interceptadas em dois dias.
Desta vez, na Zona Norte da cidade, bandidos sequestraram 3 veículos entre as avenidas Pastor Luther King e Automóvel Clube, e outro na Estrada de Botafogo, nos bairros da Pavuna e Costa Barros. A Polícia Militar confirmou que as vias já foram desobstruídas.
Já na Zona Oeste, criminosos usaram novamente a Estrada do Itanhangá para sequestrar os veículos. Eles atravessaram os ônibus na via, do mesmo modo do dia anterior, para dificultar ações de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em comunidades próximas.
Em um ano, 137 veículos foram usados por bandidos para instalarem barricadas próximas a comunidades do Rio.
Paes dispara contra Castro
A breve trégua entre o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador, Cláudio Castro, parece ter tido um fim nesta quinta-feira, 17, quando Paes, em meio aos sequestros de ônibus na cidade, criticou a “falta de comando na segurança pública“, que é de competência do governo do Estado.
Por meio das redes sociais, o prefeito disparou contra Castro.
“O que os deliquentes percebem é o mesmo que todos nós: falta comando e foco na segurança pública do Governo do Estado. Enquanto não tivermos sinais claros nessa direção, infelizmente cenas assim vão se repetir, como estamos vendo hoje. Continuamos à disposição para ajudar mas enquanto não houver clareza de responsabilidades por parte do Estado, fica difícil. AUTORIDADE é o principal elemento ausente no caso”, disse.
Foi o próprio Paes quem propôs uma pacificação com Castro. Logo após a vitória, no pleito que o reelegeu como o prefeito mais longevo da história do Rio, no dia 6, Paes garantiu que “iria trabalhar ao lado do governador Cláudio Castro”.
“A partir de hoje termina os conflitos, a gente vai trabalhar junto, nós queremos ajudar o seu trabalho, não é nossa responsabilidade. Eu falei isso várias vezes para o deputado Ramagem, para aqueles que achavam que iam enganar o povo trazendo o debate da Segurança Pública para a cidade. A gente vai trabalhar do lado do governador Cláudio Castro. Acabou o conflito, acabou a disputa”, afirmou o prefeito.
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