Taiwan detecta 125 aviões chineses cercando a ilha: “um recorde”
A China enviou aviões e navios na segunda-feira, 14 de outubro, para cercar Taiwan no âmbito de uma operação militar que pretende ser um “alerta sério” aos “separatistas” na ilha e que suscita preocupação em Washington
A China explicou que “concluiu com sucesso” os seus exercícios militares em torno de Taiwan, acrescentando que estas manobras “testaram totalmente as capacidades integradas de operações conjuntas das suas tropas”.
Os Estados Unidos, que tinham alertado na sexta-feira, 11, contra qualquer “provocação” de Pequim a Taipei, denunciaram operações “injustificadas” que representam um “risco de escalada”, depois de a China ter enviado aviões e navios para cercar Taiwan.
Washington reconheceu Pequim, em detrimento de Taipei, como uma potência legítima desde 1979, mas continua a ser o aliado mais poderoso de Taiwan e o seu principal fornecedor de armas.
A China chamou estes novos exercícios de “alertas sérios” contra as “ações separatistas das forças da ‘independência de Taiwan’”. “Esta é uma operação legítima e necessária para salvaguardar a soberania do Estado e a unidade nacional”, disse o capitão Li Xi, porta-voz do Comando Oriental do exército chinês.
Foram mobilizados “caças, bombardeiros” e outras aeronaves de ataque, bem como “vários contratorpedeiros e fragatas”, informou a televisão pública chinesa CCTV.
No total, Taiwan detectou 125 aviões chineses perto da ilha, disse um funcionário do Ministério da Defesa, citando um “recorde de um único dia”.
O presidente taiwanês, Lai Ching-te, convocou uma reunião de segurança face a estas manobras que estão “em contradição com o direito internacional”, segundo o chefe de segurança Joseph Wu.
Os exercícios, denominados Joint Sword-2024B, estão ocorrendo “em áreas para norte, sul e leste da ilha de Taiwan”, explicou o capitão Li Xi. Eles “centram-se nas patrulhas de prontidão para o combate marítimo-aéreo, no bloqueio de portos e áreas-chave” ou mesmo “no ataque a alvos marítimos e terrestres”, acrescentou.
A China alertou na segunda-feira, 14, que a independência de Taiwan era “incompatível” com a manutenção da paz regional: “A independência de Taiwan e a paz no Estreito de Taiwan (que separa o território insular da China continental) são duas coisas perfeitamente incompatíveis”, disse Mao Ning, porta-voz, numa conferência de imprensa regular do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
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